Por que toda a redação jurídica deve ser feita em Word?
Cada advogado possui um modo de escrita próprio, mas, invariavelmente, todos concordam que uma redação jurídica adequada deve ser feita em formato de texto no Word.
Alguns desses advogados são mais “vaidosos”, outros são menos apegados aos detalhes e se preocupam com uma redação jurídica mais sucinta e objetiva.
Independentemente de qual é o seu caso, separamos esse artigo analisando 04 boas práticas para realizar uma redação jurídica excelente e inovadora.
- Dica 01: Comece com o básico e realize uma boa fundamentação jurídica
- Dica 02: Cuidado com o juridiquês!
- Dica 03: Preze por uma redação jurídica objetiva!
- Dica 04: Por que toda redação jurídica deve ser em Word?
Fique até o final do texto e descubra novas possibilidades na redação jurídica com o Visual Law e o Legal Design.
1) Comece com o básico: realize uma boa fundamentação jurídica
Antes de pensar em inovar, realize uma redação básica de forma bem feita.
Em tempos de saturação do mercado jurídico, o advogado que realiza uma boa fundamentação jurídica ainda consegue se destacar.
Busque a legislação, a doutrina e as jurisprudências aplicadas ao caso concreto e realize a fundamentação jurídica adequada. Sem isso, você pode até utilizar uma escrita cool, mas fará um desserviço ao seu cliente.
Além disso, revise toda a peça ao final e busque por erros de digitação e português.
Isso demonstra zelo pelo trabalho e, indiretamente, pode contribuir para que a sua imagem seja associada à de um profissional comprometido e qualificado.
2) Cuidado com o juridiquês!
Sim, o advogado deve prezar pela técnica e precisão do vocabulário.
No entanto, quanto mais expressões em latim o seu texto contemplar, mais cansativo e monótono será a leitura dele.
Na prática, isso pode diminuir as chances de êxito do seu pleito ou pode contribuir para que o Juiz profira decisões equivocadas.
Lembre-se que o Poder Judiciário está “abarrotado”, com mais de 100.000.000 de processos em curso.
Nesse cenário, analisar uma petição clara já é difícil. Imagine então uma petição com excesso de formalismo?
3) Preze por uma redação jurídica objetiva
Quanto mais objetivo o texto, maiores as chances de o juiz apreciar a matéria em sua totalidade.
É importante que você tenha cuidado com textos desnecessários e documentos fora de ordem, pois isso dificulta a leitura.
Uma boa prática pode ser numerar os documentos e incluir imagens de anexos relevantes no corpo da petição, para que o juiz consiga compreender todo o enredo sem a necessidade de consultar os documentos.
Além disso, é importante ter cuidado com repetições em excesso.
Existem diversas petições que se tornam muito longas porque repetem o mesmo argumento de formas diferentes. Certamente essa repetição excessiva não é uma boa prática.
Por exemplo, se você já citou uma decisão do STF sobre o tema, será que é realmente necessário que você cite uma decisão do TRF em sequência sobre o mesmo tema?
4) Por que toda a redação jurídica deve ser feita em Word?
Além das questões de maior “senso comum” descritas até agora, a criatividade pode te ajudar a repensar sobre a sua forma de redação jurídica.
Você já pensou em incluir um QR Code em uma petição?
Foi o que um advogado fez em outubro de 2017 para conseguir a antecipação de tutela que pleiteava.
E por que não incluir um infográfico ou um link interativo? Incluir um áudio ou um vídeo no corpo de uma petição? Ou alterar a sua redação para um layout mais amigável?
Práticas do Legal Design podem te ajudar a desenvolver novas formas de redação jurídica que podem ser interessantes para os seus próprios clientes, e também para os juízes, que terão mais facilidade para entender e analisar o caso em questão.
Fazer com que os integrantes de uma das profissões mais conservadores do mundo pensem de forma mais lúdica e criativa não é uma tarefa fácil e foi para isso que surgiu o Visual Law.
Método que busca, justamente, produzir redações jurídicas mais esclarecedoras e criativas sobre o Direito.
Por meio do Design, é possível pensar em solucionar os problemas dos operadores do direito de uma forma mais criativa e inovadora, sempre buscando novas tecnologias que possam contribuir para trazer mais eficiência.
Essa metodologia provoca os advogados a tentarem realizar uma redação jurídica mais visual, fazendo o uso de imagens, cores, vídeos, infográficos, story mapping, entre outros.
O tema é certamente polêmico e não necessariamente fará sentido para todos os advogados, que preferem continuar com técnicas de redação jurídica com as quais estão familiarizados. No entanto, já é uma realidade no Brasil, embora ainda incipiente.
Gostou do artigo? Continue seus estudos com nosso artigo completo: “Legal Design: uma nova abordagem para o direito“.