#58: Marketing no LinkedIn para Advogados – c/ Leandro Ramos

Marketing no Linkedin para Advogados - c/ Leandro Ramos, episódio 58 do #lawyertolawyer, o Podcast da Freelaw

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O que é o Marketing no LinkedIn para Advogados?

Como desenvolver uma estratégia profissional de Marketing no Linkedin para fortalecer a sua imagem como advogado?

Como combinar a estratégia do seu perfil pessoal com a do seu escritório de advocacia?

O que você não deve fazer no LinkedIn?

Como otimizar o seu perfil? Como melhorar o engajamento na Rede?

No episódio 58 do #lawyertolawyer, Gabriel Magalhães entrevista Leandro Ramos.

  • Co-fundador da agência Javali, empresa especialista em Marketing Jurídico
  • Administrador de empresas formado pela USP. Antes de fundar a Javali, trabalhou em empresas como a Natura, Itaú Unibanco e também já foi fundador de uma startup
  • Trabalha com Marketing Jurídico há 8 anos e ajuda a escritórios de advocacia e advogados a fortalecerem suas marcas

Escute o episódio!

Assista a entrevista pelo Youtube!

Leia a transcrição!

Você está ouvindo o Lawyer to Lawyer, as melhores práticas de gestão, inovação e tecnologia no direito. Meu nome é Gabriel Magalhães, bem-vindo ao Lawyer to Lawyer. Este podcast é oferecido pela Freelaw, a forma mais segura para que seu escritório de advocacia contrate advogados online sob demanda. E eu sei que talvez você nunca pensou nessa possibilidade. Mas, agora você pode realizar parcerias com advogados especializados em qualquer área do direito, de acordo com a sua necessidade. É só entrar no site www.freelaw.work e enviar a descrição do serviço que precisa ser executado, as orientações, o prazo e aí só aguardar a mágica acontecer e você visualizar as propostas dos profissionais. Faça parte agora da nossa comunidade e aumente o portfólio de serviços jurídicos que seu escritório oferece aos seus clientes.

Gabriel: Olá Advogado, Olá Advogada, sejam bem-vindos a mais um “Lawyer to Lawyer” da Freelaw, eu sou o Gabriel Magalhães e é um prazer estar aqui com vocês novamente. Hoje vamos começar o episódio 58, sobre o marketing no linkedin para advogados com Leandro Ramos, o que é isso, como você pode desenvolver uma estratégia profissional para fortalecer a sua imagem como advogado ou advogada, como combinar a estratégia do seu perfil pessoal com a do seu escritório de advocacia, o que você não deve fazer no linkedin, como melhorar o seu perfil e o seu engajamento nessa rede? Leandro Ramos é cofundador da Agência Javali, empresa especialista em marketing jurídico, administrador de empresas formado na USP, antes de fundar a Javali já trabalhou em empresas como Natura e Itaú Unibanco, já foi fundador de startup. Trabalha com marketing jurídico há 8 anos e ajuda escritórios de advocacia a fortalecerem suas marcas.

Seja bem vindo Leandro é um prazer estar te recebendo aqui hoje.

Leandro: Olá Gabriel, olá ouvintes, o prazer é meu por estar aqui, sou um ouvinte assíduo do Lawyer to Lawyer, inclusive parabéns pelo projeto e pela FreeLaw, é um prazer imenso estar aqui e compartilhar um pouco de conhecimento.

Gabriel: Legal, Gabriel. Você não é do Direito não é advogado, mas é quase isso porque trabalha com isso há um tempo. Como foi a decisão de que você trabalharia especificamente com marketing jurídico? Como se deu a sua estratégia?

Leandro: Essa é uma pergunta que tem uma resposta um pouco longa, vou procurar encurtá-la. Sou administrador de empresas como você bem falou, quando me formei fui trabalhar em grandes empresas, o que já faz um tempinho. Naquela época, depois de formado, o sonho de todos era trabalhar em grandes empresas e eu acabei seguindo esse sonho. Ocorreu que, depois de trabalhar em grandes estruturas, eu percebi que tinha mais o perfil empreendedor, comecei a empreender dentro do Itaú e criei uma startup.

Coloquei ela para frente em paralelo dentro da minha experiência no banco e aí chegou o momento que fui usar o Indique, uma plataforma de Marketplace, onde as pessoas, inclusive advogados, ofertam seus serviços, ele chegou a ter um milhão de profissionais cadastrados. No entanto, eles queriam mais que divulgar o seu serviço numa plataforma, eles queriam ter um site, fazer redes sociais e a Javali nasce em 2012 para atender essa demanda. Esse era o demanda  de muitos advogados, inclusive, que tinham seu perfil lá, mas precisavam de um site e de um cartão de visita, como tínhamos uma experiência muito grande nessa área de marketing digital, a Javali nasceu como agência digital e desde o início atendemos muitos advogados, assim como médicos, arquitetos e outros profissionais de serviço. A agência foi se desenvolvendo e depois o projeto foi engavetado, mas ficamos com a Javali, que ao longo da década atendeu muitos segmentos, chegamos até a criar aplicativos.

Mas, por volta de 2015, observamos que o marketing jurídico começou a ficar mais sofisticado, bem diferente do começo da década, onde bastava assessorar o advogado, prepará-lo para entrevistas, criar um bom site, um belo cartão de visitas e uma placa na frente do escritório. O marketing jurídico se tornou algo mais voltado à produção de conteúdo, se sofisticou, nós da Javali vimos isso como uma oportunidade interessante, e de 2017 para 2018 tomamos uma decisão muito importante, a de atender somente o segmento jurídico. Então, hoje em dia, ajudamos escritórios de pequeno a grande porte a montar estratégia para fortalecer sua marca, seja do escritório ou do advogado, que também precisa dessa marca bem consolidada, então montamos e implementamos estratégias junto com escritórios. De uma maneira breve, foi essa minha trajetória para chegar ao marketing jurídico.

Gabriel: Falando especificamente do linkedin, quais são os principais erros que você vê nessa rede que é uma das mais importantes para quem busca por empresas, já que conecta diretores e donos de escritórios jurídicos?

Leandro: Olha Gabriel, essa é uma boa pergunta, existem alguns errinhos e o primeiro deles é ignorá-lo, achar que ele não precisa ser usado, principalmente profissionais já consolidados, com 30 anos de carreira, acham que não precisam usar o linkedin, assim como jovens que não têm o perfil atualizado. O segundo erro é o de quem busca usar o linkedin como currículo, que mostra o que você foi, o linkedin mostra quem você é, mostra seu histórico e diz quem você é no momento. Esse é um erro bastante crescente dos advogados, um outro é o de não criar conexões, ter somente o perfil, se eu tenho linkedin e não me conecto com as pessoas por vergonha acabo perdendo clientes. O linkedin começou assim, você só adicionava conhecidos, mas isso mudou ao longo da década.

Por fim, outro erro bastante crescente é a postagem de coisas desinteressantes, quando o advogado coloca conteúdo pouco atrativo, como só colocar posts com a lei seca, você não atrai quem busca informação na rede, o linkedin não é o local para isso, seria melhor uma postagem que liga a legislação a um caso concreto, por exemplo. Ficar lá discutindo leis, para mostrar que sabe, é um erro que eu tenho visto com regularidade.

Gabriel: Eu vejo muitas pessoas sub utilizando o linkedin, algumas pessoas saem do básico e deixam de ir pro nível intermediário porque só postam eventos e coisas que elas fazem, não se importam com a geração de valor para as pessoas que estão na sua rede. É um problema não fazer essa mescla e eu vejo isso em muitos advogados, que preferem marcar presença do que produzir conteúdo. Na minha visão não é a melhor estratégia. Mas entrando na questão dos fundamentos do linkedin, o que envolve o marketing no linkedin para você?

Leandro: Bom Gabriel, essa é uma pergunta que tem algumas vertentes de respostas. Para fazer marketing no Linkedin, primeiramente, você precisa entender como funciona essa rede social, que dentro da dimensão pessoal tem o perfil do advogado e company page. Vamos falar das duas coisas, mas focar mais no perfil pessoal, no caso deste é importante que você preencha detalhadamente para que sua conta não se torne um currículo, o outro pilar é aprofundar um pouco o descritivo do seu perfil, colocando seus prêmios, reconhecimentos, experiências profissionais e idiomas nas seções que o linkedin proporciona. Como também tem a outra frente, a de produção de conteúdo, é crucial e não dá para colocar apenas coisas de autopromoção.

Dessa forma, temos três vertentes: o perfil, preciso checar se ele está bem preenchido; o conteúdo, o que eu gero de valor para a minha audiência e, por fim, conexões, como eu me conecto estrategicamente com as pessoas no linkedin.

Gabriel: Com certeza, acredito que um dos maiores desafios é a produção de conteúdo, você ouvinte que está aqui nos escutando, se não tem um linkedin você gastará no máximo um dia fazendo, organizando uma boa descrição. Mas para manter a consistência toda semana ou todo dia, a depender de sua audiência, é um pouco mais complicada, é o maior desafio.

Leandro: Exatamente, você mencionou a palavra mágica, consistência. Tanto no linkedin quanto em outros canais, você que mantém a Freelaw sabe disso, manter a consistência é difícil porque exige tempo e planejamento, no dia a dia do advogado a agenda é atribulada e isso acaba ficando de lado.

O primeiro ponto é entender que precisa deve ter uma regularidade para publicar conteúdo no linkedin, não dá para dizer que há uma regra, mas se você quer ter o linkedin como uma rede de comunicação, precisará de três ou quatro posts por semana, é o mínimo, mas eles devem ser relevantes. Venhamos e convenhamos, se eu posto diariamente uma cópia de uma notícia que saiu no Jota, no Valor Econômico ou no Exame, isso não agrega muito, é importante ter consistência e entender os formatos. Hoje o linkedin oferece quatro tipos de formatos de conteúdo, sendo que um ainda não está aberto totalmente ao público, o primeiro são os posts (que, como no Instagram e no Facebook ficam disponíveis na timeline), o outro formato é o de artigos, onde você consegue colocar textos mais longos (anexar documentos, gráficos, etc), o terceiro formato é mais recente, foi lançado há cerca de um mês e meio no Brasil, são os conhecidos stories (bastante conhecidos, do Snapchat ao Instagram) e é um teste que tem sido feito apenas no Brasil e, por fim, as lives, que são possíveis mas poucos podem fazê-las. Isso ocorre porque o linkedin lançou primeiro para os influencers, para testarem a ferramenta, depois ampliaram para mais usuários e desejavam liberar para todos os usuários desde o ano passado, mas até agora, estamos no meio de 2020 e elas não estão abertas para todo o público. De qualquer forma, tem-se três opções para os advogados, que devem entender qual o momento de divulgar cada conteúdo, que dependerá da sua estratégia de conteúdo e influenciará na sua disciplina.

Gabriel: E como você cria, de fato, esse calendário de criação de conteúdo? Qual dica que você deixa para o advogado que não tem tempo para nada, que mesmo durante a pandemia, sem ter que ir para fóruns, está cheio de petições para fazer? Como combinar a estratégia com a estratégia do meu escritório, minha página, como fazer com que aquela pessoa se torne um cliente?

Leandro: Perfeito, Gabriel. O primeiro ponto é que uma estratégia de conteúdo, mesmo no perfil pessoal, deve estar alinhada a estratégia de negócio do escritório. Então é preciso ter o entendimento de qual o objetivo de negócio do seu escritório, por exemplo, eu quero crescer em quais áreas ou serviços do Direito? Esse é um entendimento deve estar claro, alguns os escritórios são full service e muitas vezes ele é composto por vários advogados e sócios, então se o escritório tem 10 áreas e o advogado apenas 3, o primeiro ponto é que o advogado deve se mostrar especialista no que está falando, porque o escritório pode falar de tudo, sendo ele multidisciplinar, o advogado não.

O advogado que se diz especialista de tudo não é especialista de nada, o primeiro ponto é esse, para que ele entenda quais serviços é capaz de oferecer e o que o seu público deseja, tem que ter uma junção entre o que ele oferece e o que o mercado quer comprar, tem que ter esse match. Se o mercado quer comprar LGPD e eu não entendo nada disso, isso não vai funcionar, você pode até falar sobre, mas se você não domina a temática em uma reunião não vai dar certo. Dessa forma, é fundamental que o advogado tenha essa clareza, sobre qual é o seu papel no escritório e quais áreas domina. Sempre falamos que o advogado deve ter cinco linhas mestras, das quais ele consegue falar com propriedade, por mais que ele possa dominar mais, precisa fixar sua marca no Direito. Se não tiver cinco, pegue duas ou três áreas do Direito e começa a acompanhá-las.

E aí você me pergunta, mas como encaixar isso na agenda, a gente sempre diz na Javali que é fácil produzir conteúdo quando você consome conteúdo, sobretudo quando você o faz com olhar de produtor de conteúdo, porque quando você faz dessa maneira, ou seja, lê bastante – como todo advogado -, mas pensando em replicar o conteúdo. Então, se você consome conteúdo de áreas estratégicas vai compreender o que vale, ou não, a pena postar. Indicamos alguns aplicativos, como o Feedly, onde você recebe muitas notícias e pode categorizá-las, pode separar Tributário de Trabalhista, etc. Isso lhe permite consumir conteúdo de uma maneira mais sistematizada. Por exemplo, você leu um artigo e quer fazer um post sobre ele? Lá você poderá salvá-lo.

De todo modo, acho que é crucial que você, criador de conteúdo, tenha disciplina, separa de uma a três vezes na semana um tempo para fazer esse post. Quando nós falamos sobre fazer o post, o advogado pensa que tem que gastar duas horas para fazer um post, como se fosse um artigo que vai mandar para o Jota ou para o Valor Econômico, ele esquece que o post é algo rápido – até porque no Linkedin você tem 1300 caracteres -, você tem que ser objetivo. Como fazer um post rápido? Ao invés de pegar uma notícia e simplesmente repostá-la, como a maioria dos advogados fazem, comente-a, porque assim você vai demonstrar seu ponto de vista, o que as pessoas querem ver no Linkedin. Então é essencial que o advogado consuma o conteúdo e produza algo por cima disso.

Gabriel: Legal, Leandro. Um erro comum que eu vejo escritórios e advogados cometem é escrever muito no juridiquês, sem entender para quem está escrevendo, qual o objetivo e a estratégia. Assim, concordo com o que você disse, cada um precisa ser especialista em algo, se não você não é especialista em nada. Mas só somando ao que você disse, às vezes além de ser especialista em uma área do Direito específico, é bom que você se especialize também para o seu cliente. Por exemplo, quando você é especialista em Direito do Trabalho para determinado segmento, você utiliza o seu perfil para isso, busca conexões relacionadas a esse segmento, produz conteúdos para ele e fica cada vez mais assertivo. Um outro erro comum é o uso do Linkedin sem combinar com a estratégia do escritório e da busca por clientes, é difícil que só um post ou outro leve a um resultado bacana, e toda a estratégia não está alinhada. Aqui na FreeLaw a gente gosta de publicar no Linkedin coisas que remetem aos blog, ao podcast, ao youtube, para que a pessoa tenha um próximo passo para onde correr se gostar do conteúdo, não sei se você concorda comigo.

Leandro: Concordo plenamente, Gabriel, observo que a grande dificuldade do advogado e da advogada é entender duas coisas: no que e para quem vai trabalhar. Muitas vezes o advogado tem uma formação ampla e até consegue atender várias áreas, mas com estratégia de marketing você precisa se especificar para construir a sua reputação e para quem. Você deu um bom exemplo, eu sou advogado trabalhista, mas para quem? Pode ser para empresas, para trabalhadores, e cada um tem sua especificidade, é muito amplo e as empresas hoje querem, cada vez mais, querem contratar especialistas. Assim também o linkedin, as pessoas querem conexões e informações de especialistas. Se eu sou um advogado de assuntos genéricos e falo mais do mesmo, não gero diferencial, estou perdendo tempo e no fim das contas não terei o retorno esperado.

Gabriel: Exatamente, Leandro. Concordo bastante, outra questão que pode ser legal são os hacks que podem ajudar o aumento de engajamento. Aqui na Freelaw vários advogados já perguntaram antes, se você que está ouvindo é meu amigo no Linkedin vai ver que eu sempre coloco: “o link está no primeiro comentário nesse post”, porque se você coloca o link externo direto no post pode perder engajamento, já que as pessoas vão clicar logo no link e o linkedin quer que a pessoa continue na rede, se você coloca um site logo de cara o linkedin pode, entre aspas, te boicotar, pois para ele é melhor ter um link nativo. É bom você fazer testes, às vezes posta com site e às vezes nos comentários para ver os resultados, ao testar diferentes formatos você vai entender o que é mais interessante.

Outra coisa boa é, na hora que você faz o post, tenta divulgar ali o máximo possível para seus grupos para quem aquele post é compatível, porque quanto mais engajamento ele gerar assim que for postado, o linkedin vai direcionar o post para mais pessoas de uma forma orgânica. São alguns hacks que a gente usa, não sei se você concorda ou pode sugerir outros.

Leandro: Com certeza, Gabriel. São alguns hacks que você mencionou aqui do comentário, ele realmente funciona. É interessante que o linkedin nega que diminui o alcance quando você coloca um link dentro do próprio post, mas qualquer um que está nos ouvindo agora pode fazer o teste e eu tenho absolutamente certeza que você vai ver que o alcance é bem menor. É curioso porque no facebook, quando era bem menor, fazia isso também, hoje em dia – mesmo que em declínio – o facebook é muito maior que o linkedin e não se preocupa tanto com isso. De qualquer forma, esse é um hack muito interessante, você que nos ouve, se você vai fazer uma publicação sobre um artigo do Valor Econômico, por exemplo, e quer fazer uma menção ao artigo, faça um resumo do mesmo e escreve no post “link no primeiro comentário”, assim você cola o link encurtado nos comentários.

Outro hack que a gente costuma sugerir é aquele onde, dentro do próprio post, se você escreve um texto longo e consome cerca de 90 ou 100 caracteres, o linkedin esconde o restante do post, ele fica oculto. E tem o botão “visualizar mais”, isso não tem como evitar, o linketdin só mostra aquilo. A sugestão é,  no comecinho faça como uma manchete de jornal, afinal a pessoa só vai ver aquilo ali que está sendo exibido, então faça daquilo uma coisa atrativa, ela lê o texto na íntegra, gera interação e o linkedin começa a exibir seu post para mais pessoas.

Como saber se o post vai ser encurtado ou não? Se você estiver fazendo o post pelo celular, são as quatro primeiras linhas, pelo computador são as duas primeiras, passando disso saiba que seu texto será encurtado, então tente matar a frase ali e fazer uma chamada atrativa. E aí você desenrola o restante do texto nos parágrafos abaixo, isso vai facilitar. Nessa linha também de fazer hack de post sugiro fazer parágrafos curtos, com espaçamento, porque se não as pessoas não leem. 61% da audiência no Brasil é mobile, pelo celular, então o texto tem que ter parágrafo curto e respiro para facilitar a leitura.

Você também comentou sobre mídia, estudos não só do Brasil quanto de outros países revelam que fazer post colocando vídeo dentro do linkedin vai fazer o alcance diminuir, é melhor subir o vídeo para plataforma do que colocar o link para um acesso externo. Mesmo assim o desempenho é inferior, não sei o motivo, talvez o linkedin não queira vídeos na plataforma pela sobrecarga, mas vídeo lá não tem o mesmo desempenho que no facebook ou no instagram. Não estou dizendo que você não deve publicar, mas que normalmente tem desempenho inferior. Dá para fazer post com imagens e sem imagens, isso não faz tanta diferença, o ideal é você fazer algo que seja atrativo.

É notável também que, se eu fizer um post no perfil pessoal, com o logo da empresa tende a ter algoritmo pior, isso eu não acredito que seja o algoritmo, mas as próprias pessoas. Então se você vai fazer um post do seu escritório não precisa colocar a logo lá, certamente a colocará na Company Page do escritório os posts terão a logo, mas no perfil pessoal isso não é necessário, já que afeta o próprio desempenho do conteúdo.

Gabriel: Outra coisa que eu vejo também é que quando a gente compartilha um post do site da empresa, geralmente isso tem um alcance menor que um post do zero, eu até faço isso às vezes quando estou sem tempo, mas sempre o engajamento cai.

Leandro: Certamente, Gabriel. Isso ocorre inclusive se você for compartilhar um post de terceiros, geralmente terá um desempenho menor, mas eu conseguirei pontos com o linkedin por compartilhar um post de terceiros. Em termos de engajamento ele é baixo, mas para o ranking do linkedin isso é bom. São questões antagônicas, o linkedin quer que eu compartilhe, mas não me dá muita visibilidade.

Então, por exemplo, se o escritório fez um post de um artigo seu, o que é melhor, compartilhar ou fazer do zero? Depende, se eu quero mais alcance faço do zero, se quero ganhar pontos e difundir meu escritório só compartilho, menos pessoas verão, mas de qualquer forma algumas da minha rede verão  a página do meu escritório e, quem sabe, passarão a acompanhá-la. Tem um ganho também.

Gabriel: Você pode falar mais sobre esse ranking do Linkedin? Como ele é composto?

Leandro: O Social Alligence avalia a performance do usuário frente a própria plataforma, o Linkedin que desenvolveu para que você saiba do seu score. É até mais fácil se você digitar no google: SSI, porque você terá acesso ao seu índice. Essa nota vale de 0 a 100, mas se você tem uma nota até 60 é porque tem que melhorar. O linkedin dá essa pontuação após comparar você com o seu segmento de mercado e com as pessoas que compõem a respectiva rede. Se você tem um SSI acima de 60 está tudo normal. Não conheci muitas pessoas com SSI acima de 90, nunca é possível ficar 100%.

Vale ressaltar que esse índice não é parâmetro, eu mesmo já atestei inconsistências do próprio índice. É uma base para a gente acompanhar, mas não é algo que devemos ficar reféns. No mais, usando o linkedin, a maior estratégia que o advogado deve ter é preencher os campos do perfil com atenção, atualizar esse perfil com conteúdo, para atingir clientes e potenciais clientes. Isso é basicamente o que o SSI faz, o problema é que ele não dá um resultado tão científico quanto aparenta entregar.

Gabriel: Legal, acabei de abrir o meu aqui para checar, fiquei curioso e achei interessante que ele vai te dando uns insights, ele coloca gráficos, te dá uma nota de 0 a 25,  verifica se você está se conectando com as pessoas certas, como você se relaciona com as conexões já feitas e se você está achando as condizentes com a sua área. Ele vai te dando uma nota, no meu braind pessoal estou com 77, mas o próprio linkedin diz que eu preciso engajar mais (nisso estou com a nota 15), talvez eu não esteja me relacionando com as pessoas corretas (nisso estou com 16), agora esse build relationships estou com nota boa. De qualquer forma, como bem disse Leandro, não adianta entrar nessa corrida para passar dos 90, porque isso vai mais favorecer o linkedin do que a você propriamente dito.

Leandro: E uma coisa que eu sugiro para você que está nos ouvindo é que, acabou o episódio aqui? Vá conferir o seu SSI, começa a atualizar seu linkedin e faça o que nós sugerimos, certamente o seu ranking vai melhorar. Acho que é como numa balança, a gente quer sempre aumentar. Mas eu acho que é loucura, tem algumas incoerências, já vi pessoas que estava mal no aspecto conexões e a nota foi 25 (nota máxima), então, honestamente falando, só acho que a ferramenta funciona mas não é tão confiável.

Gabriel: Legal, mas como você acha que o linkedin se correlaciona com o restante da estratégia de marketing jurídico? Como eu disse anteriormente, o grande erro de muitos advogados é não estruturar a estratégia e fazer alguma coisa de qualquer conta, escrever conteúdos soltos em diferentes redes sem uma estratégia inteira. A minha dúvida é: como o escritório cria de fato uma estratégia sólida que vai fazer com que o linkedin seja um meio para alcançar aquele objetivo, como sair de ter apenas uma série de posts sem objetivo?

Leandro: Bom, Gabriel, eu acredito que o primeiro ponto é a necessidade de ter uma estratégia clara, que vai além do linkedin, pois é como diz aquela velha frase: “Se eu não sei para qual onde vou, qualquer caminho serve.”. Depois da clareza, cada um precisa saber qual o seu papel no escritório para poder se posicionar no contexto maior, o linkedin pessoal vai funcionar para fortalecer a marca pessoal de cada advogado. Na Javali acreditamos que existem dois pilares que compõem o marketing jurídico, a marca do escritório e a marca pessoal de cada advogado, porque a advocacia é pessoal.

O escritório pode ter 1000 advogados, certamente tem uma marca institucional forte e é um grande escritório, mas o seu atendimento é individual e cada um dos advogados precisa ter uma estratégia de marketing que coaduna com a do escritório. Nesse sentido, a minha marca no linkedin deve ser de acordo com a marca do trabalho, para não haver dissonância. É muito comum vermos advogados professores que usam o linkedin para colocar apenas coisas sobre o seu lado acadêmico, isso fortalece sua marca, mas pode passar a ideia de que ele está preso nesse lado da carreira e não tem atuação empresarial, prática no dia a dia. Dessa forma, é importante ter noção de que a consonância é necessária e que individualmente somos responsáveis pelos nossos perfis.

Muitos advogados terceirizam as atualizações do linkedin para alguém no escritório, o que é errado, tendo em vista que o perfil é pessoal. Por exemplo, se eu fiz uma reunião com alguém, essa pessoa certamente me adicionará no linkedin, caso eu terceirize o uso do linkedin para alguém, talvez a pessoa não responda a conexão da maneira correta, sem contar que se eu não uso o linkedin de uma maneira ativa perderei as oportunidades que aparecerão na minha timeline. Digo isso pois caso eu definir o meu segmento de atuação e de mercado na área jurídica, começo a me conectar com essas pessoas, as quais certamente estarão colocando várias ideias de negócio e possibilidades no linkedin diariamente, se eu sou uma pessoa ativa no linkedin poderei acompanhar isso. Então é fundamental que o advogado esteja conectado e mais, usando a ferramenta, para observar as oportunidades.

Gabriel: Entendi, mas e se o escritório não tem estratégia nenhuma? Por exemplo, eu trabalho em um escritório que não tem estratégia, você acha que eu deva começar pelo linkedin mesmo ou talvez eu esteja pulando alguma etapa?

Leandro: Depende, se o escritório não tem estratégia, mas você consegue colaborar para que ela seja criada, é fundamental você primeiro começar pelo escritório, mas eventualmente você pode não ter liberdade para isso no escritório, é quando, por exemplo, você não é um dos sócios e não tem abertura com os mesmos, o advogado pode definir uma estratégia para ele que fortaleça o seu mercado, sua marca, porque muitas vezes o escritório não tem uma estratégia elaborada, mas o advogado tem essa clareza maior do que quer. Muitas vezes, quando veem que o uso do linkedin traz resultados, os donos do escritório chamam o advogado e se mostram impressionados, querem entender como funciona. De todo modo, esse caminho é melhor quando não se tem liberdade, quando você tem é bom começar do topo para a base. Acredito que os resultados serão mais consistentes.

Gabriel: Eu estou te bombardeando de perguntas porque o episódio está muito bom, não quero perder nenhum insight, acredito que os ouvintes estejam anotando bastante e recomendo voltem para não perder nenhum detalhe. Estou adorando a conversa com você, Leandro, uma pessoa muito competente e parabéns pela Javali, é uma ideia muito legal. Meu compromisso é com a qualidade do conteúdo e são duas perguntas que eu não quero deixar de fazer, a primeira é: qual a melhor plataforma para fazer o post de um artigo (Linkedin, Jusbrasil, blog próprio do escritório) e quais são os prós e contras disso; a segunda é: qual o passo a passo para criar uma estratégia do zero?

Leandro: São duas perguntas importantes e difíceis de serem respondidas, mas eu vou tentar. A primeira pergunta, com relação onde postar o artigo. Bom, o linkedin tem uma ferramenta para isso, o Pulse, que antes era uma startup que era independente e o linkedin adquiriu. Então, nesse momento, eu acho que postar no linkedin antes de em outras redes eu não acho um bom negócio, porque antes você tinha um alcance maior, mas hoje em dia o alcance diminui muito tendo em vista que o linkedin está privilegiando conteúdos no feed, os posts. Dessa forma, publicar primeiramente no linkedin eu não acho um bom negócio, ou você publica no site do seu escritório ou no Jota, algum outro veículo, depende do conteúdo. Se você estiver procurando um maior alcance para a sua marca pode ser interessante postar no Jota, tudo depende muito.

É importante que o ouvinte considere que o site é o escritório na internet, é aquilo que você tem pleno controle, porque nas redes sociais você está refém do algoritmo. Tem uma complexidade um pouco maior. Assim, minha sugestão é: publique antes em outra plataforma e alguns dias depois no linkedin, isso alavanca o engajamento do seu site e do linkedin, até porque o google poderia acreditar que o conteúdo do seu site é uma cópia do linkedin e vice versa. Acredito que eu privilegiaria o site do escritório.

Gabriel: Desculpa te interromper antes de você responder a próxima, o que eu costumo fazer é publicar o artigo ou o podcast, que é um conteúdo bem extenso, às vezes dou Ctrl C e Ctrl V na introdução, que às vezes resumem bem e falo: quer saber mais? no comentário tem o link para o texto completo.

Isso casa bastante com o que conversamos antes, porque essa é a parte boa de ter uma estratégia sólida de marketing jurídico, não terei que me preocupar tanto com o que postar cada dia da semana, você já terá como base os conteúdos produzidos no escritório, fica até mais fácil. Por fim, o convite, se alguém quer publicar no site da FreeLaw, temos alguns colunistas que trabalham conosco, entrem em contato com a gente no email e poderemos conversar para publicar o seu artigo.

Leandro: Respondendo a sua segunda pergunta, para montar uma estratégia no linkedin, acredito que parte da conversa que tivemos aqui, o primeiro passo é definir o que quer falar e para quem quer falar, uma vez definido isso é fundamental você fazer um checklist do seu perfil, ou seja, avalie se o nome do seu linkedin é como você é conhecido no mercado, porque muitas vezes as pessoas são conhecidas por dois sobrenomes e na plataforma você coloca o primeiro nome, como consequência ninguém te encontra lá.

Outra coisa, o nome não é um local para você colocar “Doutor”, as pessoas te procuram pelo nome e não por isso, então preencha tudo adequadamente.

O segundo ponto é a montagem da estratégia, a gente falou bastante disso no episódio e, basicamente, você precisa saber se conectar com as pessoas certas. O linkedin te dá a possibilidade de se conectar com até 30 mil pessoas, a título de comparação, o facebook permite ter 5 mil conexões, então note que o linkedin quer que as pessoas se comuniquem.

Antigamente, você só poderia se conectar com alguém explicitasse, até mesmo, como conheceu a pessoa, isso em 2008. Mas o linkedin de 2020 quer mesmo é as conexões, não tem problema algum se você não tem negócios com a pessoa A ou B, se conecte, se ela não aceitar o convite tudo bem, mas a chance disso acontecer é pequena. O recado que eu deixo para os ouvintes é: comece a usar o linkedin, se você não tem o aplicativo no celular, adquira, isso vai facilitar bastante. Comece a usar consumindo conteúdo e depois faça posts, se conecte, seus futuros clientes, concorrentes, funcionários, todo mundo está lá!

Bom, para deixar aqui meus contatos, estou no linkedin como Leandro H. Ramos e meu email é leandro.ramos@javalidigital.com.br

Gabriel: Gostei bastante do episódio, Leandro, aprendi bastante e achei que eu tinha experiência com linkedin, mas na conversa com você percebi que eu não sabia de nada. É legal aquele negócio das três coisas da vida: o que eu sei, o que eu não sei e o que eu não sei que eu não sei. A gente vai aprendendo e se desenvolvendo como profissionais.

Se você gostou do episódio, compartilhe, às vezes o seu escritório não está usando o linkedin da maneira correta, então mande o episódio no grupo, pois pode ser um bom gatilho para que comecem. Obrigado de novo, Leandro.

E vocês, ouvintes, a gente se vê novamente na próxima semana para mais um Lawyer to Lawyer com mais um convidado especial. Você tem mais algum comentário que gostaria de fazer, Leandro?

Leandro: Obrigado, Gabriel, mais uma vez por estar aqui. Foi um prazer imenso estar aqui!

Gabriel: Nos vemos na próxima semana, pessoal, vai ser difícil superar esse conteúdo, que foi bem legal e agregou bastante para todos nós. Um abraço, até mais!

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