Se pudéssemos associar uma imagem ao papel de um advogado que quer inovar na advocacia, ela não seria a de um jovem advogado e seu terno cool.
A melhor imagem para definir esse advogado, sem dúvida, é a do equilibrista de pratos!
Aquele profissional circense que, com um sorriso no rosto, precisa cuidar de dezenas de pratos girando em varetas.
O cenário disruptivo em que vivemos traz grandes mudanças na forma como advogamos.
Seja no relacionamento com o cliente, com as finanças, com o judiciário e com os prazos. Seja na forma e lugar onde trabalhamos. Seja na forma como uma equipe de advogados é montada.
Tudo isso vai sofrer ou já sofreu mudanças.
E, caso o escritório queira se adaptar às mudanças, cada uma delas exigirá uma energia e atenção individual.
O advogado que busca trazer essa inovação para seu escritório, assim como o equilibrista, precisará tratar cada mudança gerada pela Advocacia 4.0 como um prato a ser equilibrado.
Por isso, observar o trabalho de um equilibrista de pratos pode ajudar os advogados e os escritórios nesse desafio.
É sobre isso que gostaria de falar hoje:
Três ensinamentos que um advogado inovador pode extrair ao observar um equilibrista de pratos em ação!
Continue a leitura e entenda essa metáfora!
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Inovar na advocacia: equilibre um prato de cada vez
Um equilibrista de pratos conhece sua limitação. Ele sabe que precisa desenvolver seu trabalho aos poucos.
Por isso, não se preocupa em apenas aumentar o número de pratos equilibrados: antes de partir para o próximo, ele certifica que os anteriores estão equilibrados e girando bem.
Sua técnica é girar o primeiro prato, confirmar que ele não cairá e, depois de um tempo, partir para o segundo. Com o terceiro prato, a mesma coisa. E assim por diante.
Trazer inovação para a advocacia e para o seu escritório requer o mesmo cuidado.
Aliás, em termos específicos do ramo, ensinamos como criar um planejamento estratégico para seu escritório de advocacia em 2020 na aula 9 do curso online da freelaw. Confira:
Um advogado não vai conseguir resultados satisfatórios se ele não focar em uma solução de cada vez.
Um escritório, por sua vez, não pode destacar um advogado ou gestor para trazer mudanças e exigir-lhe todas essas mudanças ao mesmo tempo.
Caso queira acelerar esse processo, deve destacar mais de uma pessoa e certificar-se de que cada uma está responsável por uma coisa.
Além disso, antes de partir para o próximo prato, o equilibrista sempre confere se a rotação dos anteriores é suficiente.
Caso não seja, ele reforça o giro para manter os pratos equilibrados.
Isso também vale para a inovação. Não parta para um novo desafio, caso o antecessor ainda não tenha sido superado e fixado na cultura do escritório.
Em suma, observar um equilibrista nos dá essa primeira lição:
Tenha foco!
Não esqueça da sua principal função: entreter o público
Qual é função do equilibrista de pratos?
Equilibrar pratos ou entreter e animar a plateia (por meio do equilíbrio dos pratos)?
Fácil de responder.
A profissão de equilibrar pratos apenas existe por que a plateia gosta de assistir aquilo. Ela fica entretida e surpresa com a capacidade de uma pessoa equilibrar dezenas de pratos ao mesmo tempo.
E não era para ser diferente. É, realmente, algo bem impressionante!
A lição disso é que a arte de equilibrar pratos não é o fim em si mesmo. Mas um dos meios que o ser humano tem de entreter seus pares.
A inovação, em qualquer empresa, também não é um fim, mas o meio de gerar valor para os clientes (a plateia do equilibrista).
Advocacia 4.0, lawtech, legaltech, marketing jurídico, blockchain, machine learning, software jurídico são termos muito legais. Mas se não trazer valor real para o seu cliente, não servem de nada.
Portanto, antes de trazer inovação na advocacia e no seu escritório, estude como essa inovação pode ser usada em prol do cliente.
Aprenda com escritórios bem sucedidos e não invista em tecnologia apenas pela tecnologia. Certifique-se do benefício que ela trará ao seu negócio.
Se divirta!
Os melhores equilibrista são aqueles que, do início ao fim do espetáculo, não tiram o sorriso do rosto.
Em nenhum momento ele demonstra nervosismo ou cansaço. Passa a impressão de que faz aquilo com a maior facilidade.
Sabemos que não é fácil.
Provavelmente, ele treinou muitos anos e, mesmo assim, em toda apresentação, sofre um pouco para não deixar nenhum prato cair.
Mas o sorriso no rosto demonstra que o equilibrista se diverte com seu número.
Muitos deles, inclusive, ao mesmo tempo em que giram os pratos, fazem outros números engraçados e contam piadas para o público.
Portanto, a última lição que fica é sobre a importância de se divertir com esse processo de mudança do escritório.
Sabemos que alguns advogados têm uma paixão tão grande pelo direito, que não querem muito saber de outra coisa além da advocacia. Mesmo que essa “outra coisa” resulte em mais clientes e mais facilidade de trabalho no futuro.
Para esses advogados, se tornarem equilibristas de pratos não seria muito saudável.
Não tem problema. Isso não quer dizer que eles estão fadados a serem marginalizados pela inovação.
Com a ajuda de outras pessoas, eles podem se adaptar a esse novo cenário sem abrir mão de advogar.
Basta contar com as pessoas certas. Seja no próprio escritório, seja com pessoas e empresas de fora, especializadas nesse cenário disruptivo.
A lição que fica é que você não deve se tornar um equilibrista de prato caso não queira.
Se a sua vocação está mais na advocacia e menos na gestão, procure ajuda com aqueles que estão mais voltados para esse ambiente de inovação.