#27: Como e porque inovar em escritórios de advocacia consolidados – c/ Stephanie de Lucca Ozores

Capa do Podcast com Stephanie de Lucca Ozores.

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Você quer saber porque escritórios de advocacia bem sucedidos e consolidados devem inovar?

Você quer saber como e porque inovar em escritórios de advocacia consolidados?

E como esses escritórios podem implementar a inovação na prática?

Quais são as dificuldades enfrentadas?

E, o que escritórios menores podem aprender com os “grandes”?

A entrevistada compartilha dicas práticas que ela implementa na rotina do seu escritório.

No episódio #27 do Laywer to Laywer, o podcast da Freelaw, Gabriel Magalhães entrevista Stephanie de Lucca Ozores.

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Stephenie de Lucca Ozores

É advogada no escritório Rolim, Viotti & Leite Campos Advogados, possui especialização em Gestão com ênfase em Negócios pela Fundação Dom Cabral e atualmente é responsável por implementar projetos de inovação em seu escritório.

Gabriel Magalhães

É um dos fundadores da Freelaw e o Host do Lawyer to Lawyer. É bacharel em Direito pela Faculdade Milton Campos.

Possui formação em Coaching Executivo Organizacional, pelo Instituto Opus e Leading Group.

Formação em Mediação de Conflitos, pelo IMAB, e em Mediação Organizacional, pela Trigon e pelo Instituto Ecossocial. Certificações em Inbound Marketing, Inside Sales e Product Management pelo Hubspot, RD University, Universidade Rock Content, Gama Academy e Tera, respectivamente.

Escute o episódio em seu player de áudio favorito e leia o resumo do episódio abaixo que conta com todas as referências citadas durante a gravação.

Gabriel: Olá advogados, olá advogadas, sejam bem vindos a mais um Lawyer to Lawyer da Freelaw.

Hoje eu estou aqui com a Stephanie de Lucca Ozores. Eu espero que vocês gostem muito do episódio de hoje, sendo que temos um tema bem legal por que a Stephanie atua em um escritório de advocacia que já é muito consolidado, a gente está falando do Rolim Viotti Leite & Campos Advogados.

Provavelmente grande parte de vocês que estão nos escutando já conhece. Mas para quem não conhece Rolim Viotti Leite & Campos Advogados, ele atua no mercado brasileiro e internacional desde 1993 e possui 5 unidades no Brasil, duas na Europa e uma no Estados Unidos.

Em resumo, um escritório que já está aí no mercado há muito tempo. Vale ressaltar que muito escritório com o perfil semelhante talvez não buscasse inovar, só que eles estão buscando fazer diferente.

A Stephanie está atuando diretamente nessa área. Ela por muito tempo estava mesmo na operação do dia a dia da advocacia e agora ela está saindo cada vez mais para ficar cuidando da área de inovação mesmo do escritório. E um ponto relevante também da trajetória da Stefane é que ela possui uma especialização pela fundação Dom Cabral, algo que poucos advogados dos escritórios possuem. Ela possui uma visão bem centrada em negócios além da própria visão juridica

Nesse episódio de hoje ela compartilhou com a gente todos os desafios que ela possui de levar essa inovação, tudo que ela faz na prática e também dicas que vocês já podem começar. Como eu sempre gosto de dizer, aplicar amanhã no escritório de vocês, caso vocês queiram.

Oi Stephanie, seja bem vinda ao Lawyer to Lawyer, é um prazer te receber aqui hoje.

Stephanie: Oi Gabriel, prazer imenso está aqui. Fiquei muito honrada com o convite de fazer parte desse grupo fantástico de pessoas que você traz para compartilhar o conhecimento.

Bom dia, boa tarde e boa noite a todos os ouvintes. Espero poder contribuir com todos, comparrilhando com todos o que eu aprendi nesse tempo aí que eu estou na estrada.

Gabriel: Stephanie, obrigado é um prazer pra gente estar aqui com você. A gente está hoje nessa sala bonita do seu escritório e o que eu fiquei pensando desde a minha chegada foi, porque um escritório bem sucedido como esse está inovando na prática.

 E qual o seu contexto de sua carreira até que você chegasse ao ponto de está buscando fazer diferente aqui no escritório, sempre foi assim ou não?

E gostaria que você contasse brevemente a sua história.

Stephanie: Claro, eu acredito que eu nasci com um pouco de inovação no DNA.

Desde muito nova eu já buscava fazer coisas de uma forma melhor, uma forma diferente.

Eu sempre tentei trazer para minha rotina essas mudanças. Daí com o passar do tempo eu resolvi me especializar nessa parte de inovação e gestão, comecei a estudar mais sobre o assunto e eu consegui trazer com mais robustez para a realidade da advocacia.

Aconteceu que há 10 meses começou o meu projeto mais desafiador de vida, que se chama Ana, o nascimento da minha filhota.

O momento da minha licença maternidade foi crucial para essa minha nova vida no escritório.

Eu estou a quase sete anos no Rolim, mas a partir do retorno da minha licença maternidade eu deixei a advocacia um pouco de lado, a parte operacional da advocacia e comecei a assumir a parte de inovação de projetos do escritório.

Foi um período crucial por que durante o período da licença maternidade fez com que o escritório visse o funcionamento sem eu estar com a mão na massa em relação aos clientes e eu também pude refletir sobre os novos caminhos em que eu queria seguir.

Então, em relação ao por que inovar no escritório nesse momento. Todo mundo precisa inovar, todos os escritórios, sejam eles os que estão começando agora, sejam os que estão bem sucedidos.

Por que o mercado hoje exige isso, a competição é acirradíssima em todos os nichos.

Hoje nós temos mais de três mil escritórios de advocacia só em Belo Horizonte, não é nem na grande BH, região metropolitana.

Claro que não são todos que concorrem com todos, mas são todos que têm algum concorrente de alguma forma.

Por que inovar em escritórios de advocacia consolidados?

Stephanie: A inovação é uma forma de você se diferenciar, é um meio de você trazer um diferencial estratégico ou uma forma de atuação que vai te levar no mercado.

E considerando que no meio jurídico a gente praticamente não tem barreira de entrada, onde tem novos entrantes a todo o momento, substitutos a todo momento, é muito relevante a gente buscar meios de se destacar.

Outro ponto que temos do por que inovar, é que nós aqui do escritório atendemos jurídicos internos que por sua vez, estão pressionados por suas empresas por que eles cada vez mais estão deixando de ser despesas e se tornando área de negócios.

Em razão disso eles estão acompanhando o movimento natural do mercado que é buscar inovação.

Além disso, tudo a gente tem uma ponderação importante, a gente está na era da informação, as pessoas estão empoderadas, as pessoas tem conhecimento, tem acesso fácil a informação.

Todos têm acesso as novas ferramentas, as novas tem invadido o mercado.

Então se um escritório não busca se destacar com novas ferramentas, como novos meios de trabalho ele fica pra trás mesmo. E se não for suficiente já todas essas razões, um fato é que quem não inova hoje está perdendo dinheiro.

A gente tem disponibilizado no mercado várias e várias ferramentas que nos permitem fazer melhor e de forma mais eficiente.

Ou seja, se eu não me preocupo em inovar o meu cliente certamente conseguindo por meio da inovação trazer tecnologia para dentro de casa, de modo que ele tá tendo uma margem de lucro certamente maior do que a minha, então a gente não pode ficar parado.

E se isso tudo já não for suficiente, o escritório bem sucedido está no melhor momento para inovar, no meu entendimento.

Ele não está pressionado por ter necessidade de crescer ou de se readaptar, tem orçamento, não tem equipe nem prazos estrangulados.

Então ele está em uma situação que propícia o crescimento e permite testar novas ferramentas, testar novas formas de atuação sem que ponha em risco a estrutura do escritório.

Gabriel: Muito legal a sua frase Stephanie, enquanto você ficou falando eu fiquei lembrando de um relatório que eu, já até citou esse artigo no blog da Freelaw, salvo engano foi sobre o artigo que a gente escreveu sobre departamento jurídico.

Esse relatório mostra as tendências dos advogados nós próximos anos e eles falam que os departamentos jurídicos estão sendo vistos cada vez mais como setor de negócios e menos como um setor de custos.

E aí me lembro de também uma citação. Em que fala em quase todos os Podcasts que é, os clientes querem cada vez mais serviço melhores a preços menores e de uma forma mais rápida.

E aí naturalmente está existindo uma pressão no mercado para que todo mundo busque inovar e entregar serviços dessa forma que eles desejam. Mas assim, eu concordo com tudo que você disse.

Eu fico pensando que por outro lado é muito confortável você já está no topo do mercado, e para que você se mova, faça as coisas diferentes deve ser difícil também.

Nesse mercado, a cultura, o escritório já deram certo de uma forma pelo fato dele ter feito várias coisas boas e provavelmente ele inovou durante essa trajetória inteira, claro que pode melhorar.

Aí eu fico pensando, como motivar esse escritório a ser ainda melhor ou então como motivar ele a utilizar as melhores práticas que surgiram há dois anos, a testar novas tecnologias.

Os desafios de inovar em escritórios de advocacia consolidados

Gabriel: Como são os desafios de se fazer isso e quais são os desafios na prática?

Stephanie: A gente na busca pela inovação no meio Jurídico né, acredito que não só nos escritórios bem sucedidos, mas a gente escuta frases que são chavões.

A gente escuta isso o tempo inteiro, tipo “eu não sou uma empresa” “advogado não estuda pra isso” “não se mexe em time que está ganhando” e por aí vai.

Mas, como comentei, o mercado pressiona para que as mudanças aconteçam. A advocacia hoje não é a mesma advocacia de vinte anos atrás, talvez não seja a mesma advocacia de dez anos atrás, quando eu estava entrando no mercado.

Antes a gente tinha uma necessidade muito grande de produzir teses ou ter um conhecimento jurídico muito bom.

Hoje a gente tem muitas pessoas no mercado que são capazes de entregar trabalhos de qualidade. E os diferencias começam a ser outros quesitos, iai trazer conhecimentos e experiências de outras áreas de outros setores que são competitivos quanto o jurídico, para dentro da realidade jurídica vale muito apena.

Quando começamos a nós apropriar, quando a gente começa a se apropriar de técnicas de marketing, estratégia, de projetos, a transformação digital dentro do Direito, isso proporciona uma experiência para os clientes.

Hoje os escritórios, o escritório pelo menos, é demandado por relatórios diversos, apresentações gerências, por um conhecimento mais aprofundado dos advogados do negócio do cliente. Então não basta mais conhecer de processo civil.

É preciso muito mais do que isso, e fazer essa transformação internamente ela te apresenta alguns desafios.

A gente precisa entender mais a realidade do advogado, realidade do cliente e se aproximar mais. Não ficar também tentando empurrar goela abaixo a inovação, porque aí não funciona.

A gente vê um movimento no mercado de algumas empresas que vêem a necessidade de inovar e querem impor as coisas.

Só que aqui a inovação não tem receita de bolo, não tem uma forma que você precisa fazer, um procedimento padrão para inovar. A inovação para mim parte de um entendimento muito forte da dor que você sente, ou seja, a dor do seu escritório ou seja a dor do seu cliente.

Então, a partir do momento em que você consegue se apropriar por exemplo, das lógicas, da estrutura do designer thinking. Para poder fazer com que as pessoas passem por um processo de imersão nas dores que elas têm e busque melhorias, a gente já começa a inovar.

A inovação inclusive é até interessante destacar, não é a tecnologia necessariamente, ferramentas de TI necessariamente.

Inovação é você fazer melhor o seu trabalho.  Essa semana mesmo vocês disponibilizaram um artigo com muita propriedade falando das planilhas para os advogados, como elas são relevantes e como elas têm um impacto na advocacia muito maior.

Isso pode ser uma forma de inovação, você estruturar dados, estruturar indicadores em Excel já é uma forma de fazer isso, você trazer pra realidade do escritório reuniões periódicas também é uma forma de fazer isso, mudas os métodos de trabalho, tenta abordagens distintas, reforçar o planejamento estratégico.

Essas são várias formas de trazer a inovação para dentro de casa e começar a oxigenar a velha advocacia.

Gabriel: Eu acho que é porque inovar com termo em inglês é mais bonito né?

A gente abordou esse tema tanto no artigo Planilha para Advogados. Tem outro artigo que chama Direito e Tecnologia que a gente fala muito disso. Que é, por que você deve inovar antes de buscar novas tecnologias.

E no nosso curso online que está disponível no YouTube, a nossa primeira aula foi justamente tratando disso, porque ainda está havendo muita demanda no mercado e muito desconhecimento.

Então, muitas pessoas e é normal a gente desconher por se tratar de um mundo novo.

Está todo mundo querendo tecnologia, lawtech, startup e etc. Mas será que é isso?

Às vezes a solução é bem mais simples do que a gente imagina. E pensando um pouco nessa simplicidade, Stephanie, como resolver esses problemas ou sair de forma simples ou de forma complexa, como eles fazem na prática mesmo que vocês poderiam compartilhar com outros escritórios, departamento jurídicos que estão nos escutando.

Stephanie: Uma das primeiras coisas que a gente começou a fazer foi um movimento de enxergar muito bem a dor do escritório e a dor dos nossos clientes. Como comentei a inovação, ao menos no meu entendimento, ela necessariamente tem que partir daí.

Não adianta a gente trazer ferramentas maravilhosas, trazer plataformas que estão fazendo sucesso no mercado se elas não se encaixarem no escritório, se elas não resolverem algum dor e não trouxerem valor para as pessoas.

Entao, a gente a partir do entendimento que a gente teve daquilo que era necessário fazer dentro da nossa organização, a gente comecou a trazer algumas inovações que deram muito certo.

Uma das inovações, por exemplo, foi à implementação em uma equipe que precisava de se organizar um pouco melhor a rotina da equipe e trazer a ideia das reuniões diárias, reuniões bem breves de meia hora, para alinhamento da rotina.

A gente fez uma adaptação dessa técnica do Scrum para caber dentro da equipe e começamos a aplicar, e foi um sucesso absoluto. Melhorou muito a vida não só do coordenador, mas também dos advogados.

Gabriel: Só uma questão de definição para quem não sabe o que é o Scrum, é basicamente uma metodologia ágio que é muito utilizada para a equipe de desenvolvimento de softwares, que tem uma comprovação por várias pesquisas, que ela realmente é bem efetiva para gestão de pessoas.

E essa metodologia está sendo cada vez mais utilizada em outros ramos. E agora a gente está vendo muito se dizer de Gestão ágil no Direito, nesse contexto que eles utilizaram, essa metodologia aqui.

Stephanie: Exato, é outro ponto que a gente atacou, outra frente que foi muito relevante para o escritório foram aplicações dentro do nosso RP.

Começou como um software de acompanhamento processual e se tornou RP do escritório, por que hoje todas as áreas do escritório se utilizam desse sistema, ele é totalmente integrado.

E nós vimos a necessidade de transformar esse software em uma ferramenta efetiva de trabalho e negócio.

Em um exemplo que tem aqui, fantástico, é que a primeira abordagem foi de pegar esse software, começar a incrementá lo de modo que otimizasse a emissão dos relatórios.

Então a gente tinha, por exemplo, relator específico mensal de um cliente que ele era elaborado num documento compartilhado e depois era inicialmente alimentado por seis advogados, que ficavam por conta durante três dias desse relatório.

E aí depois desse incremento do sistema, a gente teve um ganho de reduzir a elaboração desse relatório, a geração desse relatório, para um um advogado gastando de duas a três horas, um ganho de eficiência brutal.

Isso por que, ao invés de fazer alimentação momentânea, na hora de enviar para o cliente, a gente pulverizou dentro do sistema a alimentação incrementando isso na rotina por meio de várias melhorias dentro do sistema e depois no momento da emissão bastava que um advogado credenciasse e fizesse os tratamentos adequados para enviar ao cliente.

Outro ponto que a gente abordou aqui e foi muito interessante, muito simples de fazer, com relação ao engajamento, a gente começou a mudar um pouco a tônica dos treinamentos realizados, e a gente mudou a chave, ao invés de como fazer, a gente passou para porque fazem. E foi uma diferença absurda no impacto das pessoas, por incrível que pareça, algo tão simples.

A gente tinha alguns treinamentos de alguns procedimentos e tinha uma dificuldade muito grande em fazer com que esses treinamentos fossem internalizados.

Stephanie: Isso, treinamento interno, seja de um procedimento interno, seja de alimentação do sistema, temas variados.

Gabriel: E aí eu já destaco, que o simples fato de só fazer um treinamento já pode ser uma ótima inovação para quem ainda não faz.

Então, acho que ainda vocês deram um passo além de otimizarem os treinamentos.

Eu acho não faz eu acho se você não faz nenhum tipo de treinamento em sua equipe, você mesmo que escuta esse podcast ou que já leu algum artigo, você mesmo pode pegar os artigos e preparar um slide e falar sobre o tema.

Ou então, vocês podem pegar algum vídeo no YouTube e pode ser até algum vídeo dos cursos nossos da FreeLaw, ou algum advogado que fala do tema, ou de alguém fora do Direito, juntar todo mundo da equipe e assistir aquele vídeo.

Pode ser uma forma de começar, mas é que eu acho que isso pode ser uma ótima prática em minha opinião, para fomentar qualquer tipo de mudança no escritório que bom que vocês já faziam isso, mas como vocês melhoraram isso ainda mais?

Stephanie: De forma alguma, fique à vontade para poder intervir, porque de fato e super pertinente isso. A gente teve uma curva de aprendizado.

Treinamentos em escritórios jurídicos

Gabriel: Como começou esses treinamentos? Sempre teve?

Stephanie: Então, a gente tinha alguns treinamentos, eles eram um pouco mais esporádicos e aí como eles eram feitos em um formato não muito adequado, assim como o advogado adentrava.

Por exemplo, ele recebe uma carga de treinamento de como fazer coisas de uma forma mais pesadas e acabava sendo esquecido pelas oessoas.

E ai a gente viu a necessidade de resgatar esses treinamentos com mais força com mais afinco, fazendo eles como periocididade maior e a gente começou um projeto do escritório de ter os treinamentos com a periodicidade com menos tempo de intervalo e fazendo essa abordagem distinta.

Como exemplo, parando de falar menos como e mais por que. Tentando trazer o conceito do goldencirc, definição de proposta, de relevância para as coisas.

Porque não adianta identificar, por exemplo, mostrar a tela do sistema e falando aqui tem que fazer isso, aqui você tem que colocar “tal e tal” informação.

Se as pessoas não entendem o que está fazendo, isso gera um relatório errado, isso gera retrabalho e sugere uma serie de coisas ruins que a gente precisa se livrar.

Nesse ultimo treinamento feito, a gente trouxe com muita veemência, o porquê fazer, a relevância dessas informações que a gente tinha.

Um treinamento especifico de utilização do sistema, e se a relevância do sistema para dentro do escritório, dentro dessa realidade, dentro da realidade de hoje da utilização de dados de forma massiva como a inteligência de negócios para os escritórios e para os clientes.

E logo em seguida as pessoas na mesma semana já começaram a trazer uma serie de melhorias para o sistema, já começaram a trazer dúvidas de coisas que já existiu, mas nunca fizeram, logo nunca tiveram dúvidas, logo trazer as duvidas foi um excelente sinal.

A gente já teve uma otimização, então um ganho muito grande com a alimentação de sistema em um espaço de tempo muito curto.

Gabriel: Eu acho que essa dica é bem prática para quase todos os advogados que usam em escritórios que tenham um sistema, porque quase nenhum escritório que utilize sistema como ele poderia.

A gente até escreveu um artigo no blog da Freelaw que é Software para advogados, será que você precisa de um.

Porque a maior parte dos Advogados contrata uma Ferrari e a usa como um Fusca. E acho que isso vai muito por falta dos procedimentos adequados no escritório.

A partir do momento que você tem treinamentos periódicos e todo mundo estar entendendo como utilizar aquela ferramenta, e acho que fica mais fácil utiliza-la.

Stephanie: As pessoas se apegam muito as tecnologias e as inovações, inovações tratando como ferramentas de tecnologia. Mas ela se esquece que existe uma questão crucial para o funcionamento do escritório que é a gestão.

A tecnologia e inovação no meu entendimento elas não funcionam sem a gestão.

Porque eu não vou entender bem a minha dor, como eu falei, é o inicio, pontapé inicial de qualquer inovação, ela não vai saber o que precisa melhorar adequadamente, se ela arruma alguma ferramenta por uma luz divina que se encaixa, ela não vai conseguir fazer funcionar essa ferramenta.

Inclusive dentre as coisas que a gente precisou aprender dentro do escritório teve essa parte mesmo, algumas aplicações que a gente estruturou, mas que não foram tão bem aceitas.

Porque não foi avaliado com o usuário, não foi avaliada a dor que o usuário sentia, e foi idealizada uma aplicação que não era o mais adequado.

Mas voltando para as dicas daquilo que a gente pode fazer para poder otimizar, a gente também trouxe para a realidade do escritório uma avaliação interna como uma pesquisa de clima que foi super bem aceita.

Nos botou luz em alguns insides que a gente já tinha, e conseguiu fazer com que se tornasse mais objetivo. Caminhos que o escritório precisava percorrer.

Gabriel: E eu destaco o fato dos escritórios terem métricas bem definas para analisa lá de forma periódica, se a gente tem uma analise de desempenho, se isso vai gerar números, o que vai conseguir identificar pontos que estão legais, pontos que não estão tão legais. E naturalmente, vão vir sugestões a partir os próprios números ou a partir dos próprios números ou a partir das próprias pessoas enviando sugestões para melhorá-la.

E isso é muito importante em minha opinião, ter um máximo de métrica possível no escritório.

Stephanie: Sim. E por fim a gente trouxe entre os destaques que a gente teve, a gente trouxe para nossa realidade também um Design Thinking como uma ferramenta dentro do escritório, não só uma ferramenta para se alcançar soluções, não só alcançar inovações para qual ela é muito conhecida. Mas uma ferramenta para levar às pessoas a imersão, para levar às pessoas a reflexão.

Para qual não esta habituada o Design Thinking a gente tem quatro etapas principais que é a parte da imersão de ideação prototipação e a ação em uma estrutura, em uma das possibilidades de estrutura do Design Thinking.

Nessa parte de imersão a ideia é levar as pessoas a um entendimento mais aprofundado, mais imerso, dentro daquilo que precisa ser melhorado, daquilo que foi o desafio proposto.

E independentemente da solução alcançada ao final da ideia prototípica e colocada em ação ao final, essa parte da imersão é muito valioso.

Você levar as pessoas a refletirem aquilo que elas estão vivenciando ou aquilo que os clientes necessitam é muito valioso.

Especialmente na rotina da Advocacia, que às vezes a gente acaba deixando de lado essas análises e essas reflexões, a rotina na advocacia é muito dura e, às vezes não nos permite trazer isso à tona.

Gabriel: Legal Stephanie. Obrigado por compartilhar todas essas dicas praticas. Tenha certeza que a cabeça de alguns advogados, de quase todos, já está assim, com muitas ideias.

E assim, eu acho que pelo seu linguajar, por tudo que você contou e também pelo que eu já conhecia de você, da pra perceber que você claramente é uma pessoa que já tem bagagem grande com essas questões.

Se você não considera grande eu tenho certeza que para maioria dos ouvintes você já esta um passo além dessas pessoas, do ponto de vista de conhecimentos mais avançados.

Dicas para quem quer iniciar a inovação

Qual dica prática você tem para as pessoas que querem se qualificar, que querem começar a estudar essas coisas?

Como elas podem começar?

 E como você fez para começar a estudar isso?

Você teve uma trajetória na advocacia comum e depois você o que você fez para aprender tudo isso, para falar de Designer Thinking, para usar todas essas termologias, o que para algumas pessoas ainda é um pouco diferente.  

Qual dica prática você tem para as pessoas que querem se qualificar, que querem começar a estudar essas coisas?

Como elas podem começar?

 E como você fez para começar a estudar isso?

Você teve uma trajetória na advocacia comum e depois você o que você fez para aprender tudo isso, para falar de Designer Thinking, para usar todas essas termologias, o que para algumas pessoas ainda é um pouco diferente.  

Stephanie: Eu, quando começo a falar desses temas o meu olho brilha.

Então isso facilita bastante a busca pelo conhecimento, ainda tenho um caminho longo a percorrer, porque a fonte de informações é absurda.

Ainda falta bastante coisa para conseguir trazer para dentro de mim.

Mas a possibilidade de informação é muito ampla, a gente tem meios pela internet, livro tem cursos, tem os mais variados meios da gente ter acesso a todo esse conhecimento.

A próprio Freelaw tem bloco superinteressante com a consolidação de vários temas atuais e relevantes.

A gente tem grupos de estudos com a iniciativa de algumas empresas de consultorias que acontecem em Belo Horizonte, a gente tem iniciativas também de alguns lugares mais acadêmicos, temos, por exemplo, um grupo de inovação na Fundação Dom Cabral, temos os cursos da Dom Cabral que foram um ponto muito relevante na minha vida, esse aprendizado que eu tive lá dentro.

Abriram meus olhos para a necessidade de trazer a gestão para dentro da advocacia, e a inovação acabou vindo junto.

E o que eu posso sugerir as pessoas é que elas tenham curiosidade sempre, sempre busquem informação, sempre busquem uma forma de melhorar, de correr atrás de fazer de forma diferente de forma melhor.

Tentei já desde muito nova trazer isso para minha realidade, como eu comentei, sem muita robustez porque o conhecimento ainda era muito incipiente.

Mas à medida que eu fui estudando e conhecendo outras técnicas, a gente consegue ir adaptando a realidade.

A gente vai criando um senso critico com relação a esse conhecimento todo e consegue ir se apropriando daquilo que cabe dentro da nossa vida.

É muito comum quando a gente esta no começo dessa trajetória, ver um método de trabalho ou um método de inovação que não se aplica plenamente. Dai você tenta colocar ele na sua rotina de todas as formas, mas não vai não se encaixa.

Porque depende da nossa reflexão, do nosso entendimento que a gente esta vivenciando, para conseguir nos apropriar daquilo que é mais adequado.

Dentre as coisas que a gente precisou se adaptar foi exatamente isso, eu tentei trazer o Scrum da forma dele para gerenciar alguns projetos que a gente tinha e não foi para frente, não consegui fazer com que isso desse certo.

Porque o Scrum na forma bruta não cabia na rotina do escritório em determinados aspectos.

E ai vem então o entendimento de que eu poderia pegar algumas partes, algum conhecimento para poder trazer para dentro de casa e isso já representaria uma melhoria muito grande, um ganho muito grande.

Hoje a gente não tem receita de bolo para nada como eu comentei, a gente precisa ter um conhecimento um pouco mais amplo daquilo que existe no mercado para a gente conseguir.

E eu acredito que para quem pretende começar essa vida de inovação dentro dos escritórios, se é que já não acontecesse isso, o que eu posso recomendar é que seja identificado um perfil.

Muitas vezes o perfil da pessoa que está a frente disso é muito mais relevante do que o cargo que ocupo.

É muito comum a gente deixar determinados assuntos dentro dos escritórios, por exemplo, com um sócio, com um coordenador, mas que ele é muito técnico e ai existem uma dificuldade de gestão muito grande, do raciocínio da inovação, trazer isso pra dentro de casa.

E quando você tem, por exemplo, um estagiário que tem uma inovação e a gestão na veia já. E fazer um misto desses dois conhecimentos é muito relevante, trazer o perfil tanto da pessoa que esta apta a contribuir sem uma preocupação tão grande com o cargo em que ela ocupa.

E outro ponto que é interessante também da gente ver é que muitas vezes a identificação dessas pessoas ela traz um ganho de deslocar ela para atividades especificas. 

Eu durante muito tempo tentei inovar muito dentro do escritório, mas ficava completamente pressionado por todos os processos, minha cartela de clientes que a gente sabe que isso ocupa muito.

Então eu conseguia fazer pequenas mudanças na minha rotina, nas pessoas próximas, mas nenhuma que fosse tão impactante como essas mudanças que aconteceram nos últimos cinco meses em que eu fiquei completamente deslocada para a parte de inovação e projetos.

A troca de experiência entre as pessoas também é um ponto muito relevante. Esse espaço que você proporciona para a gente poder vir compartilhar conhecimentos, pessoas de áreas diversas e experiências diversas.

Isso sempre traz muitas ideias e muitos Insights. Uma das coisas que eu mais busquei fazer nessa minha trajetória de buscar conhecimento foi conversar com pessoas diversas de varias áreas, inclusive no curso de especialização em gestão que eu estou finalizando, uma das coisas que mais engrandeceu o aprendizado, foi o fato de quase não ter advogados na minha sala.

Eu tive oportunidade de conversar com médico, farmacêuticos, enfermeiros, biológicos, engenheiros, administradores, pessoas de todas as áreas do conhecimento que tinham experiências diversas dentro das empresas.

E aí a gente vai vendo como é que a inovação e como é que a gestão funciona em cada uma das empresas, em cada uma das empresas, em cada uma das áreas.

Quando a gente consegue fazer um misto interessante de coisas e de conhecimentos, o que a gente consegue copiar, se apropriar desse conteúdo.

Mais uma vez, além da busca do conhecimento que está aberto e franqueado para qualquer pessoa, busquem também conversar, conversar o máximo que vocês puderem, com o máximo de pessoas que vocês puderem.

Gabriel: Eu acho que tem dois pontos bem relevantes que eu queria destacar a sua fala. Primeiro a importância dos testes.

Isso a gente repete por várias vezes, mas eu acho que é muito importante destacar isso de novo por que não é de primeira que as coisas vão funcionar.

Então, peguei a metodologia do Scrum e testei não funcionou e eu vou testar de novo na próxima semana, não posso desistir.

Então vou realizando testes, identificando problemas, a partir desses problemas buscando soluções e testar para vê se elas vão se encaixar. Se encaixar ótimo, caso não, se não encaixarem vamos tentar mudar alguma coisa.

E o segundo ponto que é importante, eu acho, é sempre pensar numa boa divisão de tarefas. Então alguém que vai cuidar mais da inovação, alguém que vai cuidar mais da parte jurídica.

Isso você pode fazer ás por meio de uma sociedade. Se você ainda esta começando, talvez por meio de parcerias, pode ser também um caminho.

Agora eu fiquei pensando em uma questão, quando você disse no inicio da sua filha Ana é como conseguir conciliar a rotina de buscar a inovação de estar querendo fazer diferente também com a vida de mãe.

Nós temos muitas ouvintes que são mães e a gente sabe que é um grande desafio.

Como conciliar carreira e família

Stephanie: É um grande desafio, minha vida mudou bastante desde que a Ana chegou, graças a Deus mudou para melhor, eu me divirto bastante.

E o que eu sempre tenho em mente é de ter foco para as coisas. Eu tento me concentrar naquilo que estou fazendo, então, enquanto estou com a minha filha, eu estou com minha filha. Não tem celular, não tem televisão, não tem nada.

Enquanto eu estou estudando, tento aproveitar os momentos em que não estou com ela. E enquanto eu estou estudando o foco no estudo, uma imersão completa da aula, no texto, no livro, seja lá o que for.

E enquanto eu estou dentro do escritório me dedico cem por cento. E ai vou equilibrando esses três pilares que hoje regem a minha vida e tem dado certo até o momento pelo menos.

Não é fácil de fato, mas até o momento o mais complicado que eu acredito quando a gente começa a misturar tudo isso. Tem uma pesquisa de Harvard, não vou lembrar quando foi publicada, mas é uma pesquisa que aferiu o grau de felicidade das pessoas.

E ai a ideia era distribuir em momentos aleatórios a pessoas diversas três perguntas. Elas tinham que responder o que elas estavam fazendo naquele momento, o que elas estavam pensando naquele momento e se elas estavam felizes ou não.

E o resultado da pesquisa foi que as pessoas que estavam fazendo um coisas e pensando em outra não se sentiam felizes. E talvez essa seja a chave da situação toda.

É muito comum a gente esta dentro do escritório pensando no estudo, dentro da sala de aula pensando no filho, com o filho lendo email do trabalho e por ai vai.

A gente nunca está focado no que a gente está fazendo e sempre tentando correr atrás de alguma coisa.

Isso não adianta, tem que acalmar a ansiedade de querer fazer tudo ao mesmo tempo, por que tudo tem o seu tempo, o seu momento.

Eu não vou conseguir ler infelizmente todos os livros que eu gostaria de ler no período em que eu gostaria. Então a gente acalma um pouco a ansiedade e foca.

O mais importante é que isso tudo na verdade só é possível porque eu tenho a sorte de pessoas maravilhosas que me cercam.

Eu tenho a minha família linda, meu marido, minha mãe, muitas vezes eu quem os ajudo, não são nem eles que me ajudam com as questões de casa, com a Ana.

Tenho os meus colegas de trabalho que são pessoas fantásticas, cheias de ideias inovadoras, que põem a mão na massa, que fazem as coisas acontecerem.

Tenho ainda a sorte de ter colegas de curso fantásticos que contribuem muito com o meu engrandecimento, ainda mais os aprendizados que eu tive com relação a gestão com relação a inovação.

Então isso tudo que eu faço que acontece, a gente só consegue porque a gente tem pessoas ao meu lado que contribuem para isso tudo acontecer.

Gabriel: Legal. Não conhecia esse estudo de Harvard, achei bem interessante.

Considerações Finais

Gabriel: Você tem algum recado final, Stephanie?

Eu estou pensando muito no ouvinte, que às vezes tem uma estrutura menor, que às vezes advoga sozinho, em escritório pequeno.

É difícil, a pessoa tem que fazer tudo, não tem recurso mesmo para dividir todas as tarefas.

O que você acha? Você acha que essa pessoa pode fazer alguma coisa ainda? Alguma dica pratica voltada para esse tipo de público?

Stephanie: Claro. Assim, eu acredito que independentemente do tamanho do escritório, é muito importante ter em mente um foco nas pessoas que estão dentro do escritório.

Para mim é o principal ativo que o escritório tem e que muitas vezes merece mais atenção, até do que os próprios clientes nessa ideia de trazer esse conceito inovador, para dentro da realidade da advocacia.

É por meio do advogado que esta dentro da sua organização, que vai atingir o seu cliente.

Então pode ser um escritório enorme, pode ser um escritório pequenininho, deem foco, uma atenção especial as pessoas que estão lá dentro.

Por que elas conhecem vivenciam as dores, elas vão trazer os problemas, vão ajudar a resolução desses problemas. Possivelmente vão ter ideias inovadoras se elas forem ouvidas e muitas das vezes fáceis de serem colocadas em prática.

Dessa avaliação interna, por exemplo, que eu comentei, surgiram ideias interessantíssimas de questão muito simples, de, por exemplo, uma utilização mais intensa de papel de rascunho até uma questão mais voltada, por exemplo, a desenvolvimento de competências sensíveis.

Então são ideia que partem das pessoas que estão ali no dia a dia. E surgem estruturas e pontos de vista que muitas vezes a gente não tem conhecimento, não passa pela nossa cabeça aquilo que a outra pessoa enxergou com muita facilidade.

Em razão disso, inclusive, até que entre os preceitos do Designer Thinking, uma ideia que se tem com muita força, e que se tenha equipes heterogêneas.

Logo, não adianta só o sócio se reunirem para definir absolutamente tudo que um escritório faz, o que acontece. Claro que o poder de mando e as decisões têm que sair deles. Mas as ideias podem partir de qualquer lugar, as sugestões podem partir de qualquer lugar.

Então da ouvidos as pessoas é uma das questões mais relevantes para mim.

Gabriel: Legal Stephanie, muito obrigado pelas palavras.

Foi um prazer te receber aqui, aprendi muito com você. Gostei muito das reflexões, conhecer melhor a realidade sua e do escritório. Tenho certeza que vai agregar muito aos nossos colegas advogados.

Quer deixar algum recado final? Seus contados? Alguma coisa para quem quiser conversar com você? 

Stephanie: Eu quem agradeço, Gabriel.

Foi um prazer enorme ter esse momento aqui com vocês, com os ouvintes. Eu espero de fato ter contribuído e esclarecidos alguma duvida que alguém tinha de alguma forma.

Precisando entrar em contato comigo, eu estou no LinkedIn, Instagram. Podem ficar à vontade para mandar mensagens.

O nome não é tão fácil de digitar, mas certamente ele vai tá lá nas referências do nosso Podcasts. Podem conferir lá que vocês vão me achar com facilidade.

Gabriel: Obrigado colega advogado, colega advogada.

É sempre um prazer recebe lós aqui novamente.

A gente se vê novamente na próxima quarta feira, com mais um Lawyer to Lawyer. É sempre muito bom contar com a presença de vocês.

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