O que é produção de conteúdo jurídico e como utilizá-la para crescer seu escritório e criar autoridade?
Já foi falado (ou melhor, escrito) aqui no blog sobre a importância do marketing jurídico para a advocacia 4.0.
De fato, qualquer escritório que queira se inserir no mercado inovador de hoje precisa traçar uma estratégia de posicionamento online, o que só pode ser alcançado pelo marketing jurídico.
Porém, ainda “faltava” um conteúdo neste blog a respeito da força motriz que move o marketing jurídico. O combustível que faz essa estratégia funcionar: a produção de conteúdo jurídico.
E eu escrevo “faltava”, no passado, por que não falta mais. O conteúdo de hoje vem, justamente, para resolver essa lacuna.
Continue conosco e leia sobre:
O que é conteúdo jurídico dentro de uma estratégia de marketing jurídico
O conteúdo jurídico, dentro de uma estratégia de marketing jurídico, é toda forma que um escritório ou advogado encontra para se relacionar com o seu público na internet, desde que gere valor e educação jurídica para esse público. Por isso, como já escrito, o conteúdo jurídico é o combustível da estratégia de marketing digital de um escritório.
Sem conteúdo relevante, o marketing digital se resume a anúncios de preços e promoções de produtos e serviços. O que não é permitido pela OAB.
Para entender um poucos mais sobre as “regras do jogo” da OAB, ouça ao podcast abaixo:
Assim, quando se fala em marketing jurídico e inbound marketing para a advogados, necessariamente se fala em produção de conteúdo jurídico.
Mas, na prática, o que pode ser considerado um conteúdo? Bem, nessa hora, a criatividade é quem define essa resposta. Qualquer forma de comunicação que se encaixe no conceito do primeiro parágrafo pode ser considerado um conteúdo jurídico.
Dessa forma, para te inspirar na produção dos seus primeiros conteúdos, aqui vão alguns exemplos:
Alguns tipos de conteúdos jurídicos que seu escritório pode produzir
Blog posts
Essa é a forma mais “tradicional” de fazer conteúdos jurídicos.
Por meio da criação de posts para o site do escritório, você consegue escrever sobre assuntos que interessam a seu público.
O post que você lê nesse momento é um exemplo desse tipo de conteúdo. Por meio do blog, a Freelaw consegue criar conteúdos gratuitos e de valor para quem ela quer: escritórios e advogados.
Nesse caso, o assunto é, justamente, produção de conteúdo jurídico. Mas, poderia ser, no caso de um escritório:
- O que é a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) e quais as soluções jurídicas existentes para a LGPD;
- Exclusão do REFIS por falta de pagamento de tributos;
- O que realmente muda com a Reforma Trabalhista.
Com uma rotina de publicações (três posts por semana, por exemplo), seu blog começa a ganhar autoridade e a ser encontrado no Google. E, quando alguém pesquisar por uma dúvida jurídica que se relaciona com alguma postagem sua, seu blog estará lá para responder essa pessoa!
Nesse tipo de conteúdo, é essencial que você saiba como se posicionar e quais assuntos são relevantes para o seu escritório escrever. Além disso, é importante entender o que os seus concorrentes estão fazendo e quais as “palavras-chave” mais relevantes para o seu escritório.
O que são as “palavras-chave” e como elas afetam a produção de conteúdo jurídico
As “palavras-chave” são as buscas no Google que as pessoas realizam.
Se o seu escritório atua na área digital, por exemplo, possivelmente boas palavras-chave seriam: “direito digital”, “lgpd”, “lei geral de proteção de dados”, “termos de uso”…
Para entender qual a melhor palavra-chave para o seu escritório é importante que você liste o máximo de expressões possível e, em seguida, verifique qual a relevância dessas buscas, em softwares como o Ubersuggest.
Essa ferramenta permite que você saiba quantas buscas são feitas por palavra em cada mês e também o quão difícil é conquistar o primeiro lugar no Google para aquela palavra-chave. Dessa forma, fica fácil e objetivo definir quais assuntos você escreverá no Blog do seu escritório.
E-books
E-books são postagens que se assemelham aos blog posts. A diferença é que o e-book é mais completo, geralmente se tratando de um conteúdo mais longo e que esgota todo o assunto tratado, por exemplo:
Um post sobre “inventário extrajudicial” poderia tratar sobre os documentos necessários para que ele ocorra.
Um e-book, porém, deve ser um guia completo sobre o assunto: passo a passo, documentos necessários, casos que não permitem inventário extrajudicial, tempo médio de demora, gastos com taxas de cartório e honorários.
Além disso, o e-book é muito importante para a captação de contatos (leads).
Por serem mais completos, eles não são disponibilizados mediante a informação de alguns dados, como e-mail ou telefone do usuário. Informados os dados, a pessoa recebe o e-book e o seu escritório terá os dados de um potencial cliente.
Inclusive, temos um e-book excelente sobre “Inovação e tecnologia para advogados na prática”, solicite o seu aqui!
Postagens em redes sociais
Deixada de lado por muitos escritórios, as redes sociais são uma excelente forma de produção de conteúdo.
Aqui não existe um tipo de conteúdo específico, mas diferentes tipos para cada rede social.
O LinkedIn e o Facebook, por exemplo, geralmente pedem postagens maiores, de 50 a 100 palavras. O Instagram, uma rede social mais voltada para imagens, pede postagens mais curtas, com a utilização de algum conteúdo audiovisual.
Além disso, as redes sociais são excelentes canais de distribuição dos outros tipos de conteúdo. Você pode disponibilizar o link do seu blog, algum e-book disponível no seu site, por exemplo; sem falar nas ferramentas específicas das redes sociais, que podem gerar conteúdos de muita qualidade, como os “stories” do Instagram.
Você com certeza segue alguma empresa ou alguém que produz conteúdo nesses canais. Quando bem utilizados, geram resultados surpreendentes.
Infográficos
Essa é uma forma de produção de conteúdo jurídico não tão conhecida pelos advogados.
Trata-se de uma imagem que traz algum tipo de informação (que não seja apenas em forma de texto). Geralmente relacionada a números, gráficos e tabelas.
Um escritório de direito do consumidor, por exemplo, pode fazer um quadro comparativo de como era antes e depois de o Cadastro Positivo entrar em vigor.
Um escritório de direito de família pode criar uma tabela com os gastos de um inventário judicial e outra com os gastos do extrajudicial. Convenhamos, esse seria um infográfico bem persuasivo para os clientes optarem pelo caminho extrajudicial, não é mesmo?
Vídeos
Gravar um vídeo é uma barreira para a maioria das pessoas e empresas. Mesmo que seja uma empresa de tecnologia, é um desafio muito grande.
O que falar então, quando se trata do mercado jurídico?
Mas é por isso mesmo que se torna um diferencial competitivo.
Com certeza, quem faz esse tipo de conteúdo jurídico tem um alcance muito maior do que os outros advogados.
Quanto ao conteúdo jurídico do vídeo, não há uma regra específica. Aqui, a criatividade também é quem manda.
Pode ser um vídeo com ilustrações e narração de um conteúdo educativo, uma entrevista com um especialista ou com alguém que atua na mesma área de seus clientes…
Podcasts
E o que foi escrito para vídeos vale, também, para podcasts.
Essa “nova” forma de conteúdo está em franca ascensão, mas ainda tem muita gente que não se tocou disso.
Com certeza, é uma forma de produção de conteúdo a ser levada em conta.
O podcast é como um rádio sob demanda, em que o usuário pode ouvir o que quiser e na hora que quiser. Seja no trânsito, enquanto faz atividade física ou espera para ser atendido no fórum.
E para te inspirar, aqui vai o link dos episódios do Lawyer to Lawyer. O podcast da Freelaw feito por advogados e para advogados.
Separamos, inclusive, uma lista com “Os 14 melhores podcasts jurídicos do ano“, na nossa opinião.
O que eu devo fazer antes de começar a produzir os conteúdos jurídicos?
Além dos tipos acima citados, há milhares de outras formas de produção de conteúdo jurídico. Nesse sentido, o momento pré-produção é muito importante, pois é nele que você vai procurar conhecer melhor o seu público e cliente e definir quais tipos de conteúdos eles preferem consumir.
Por exemplo, se o seu escritório é voltado para grandes empresas, talvez não faça tanto sentido você focar em redes sociais como Instagram e Facebook. Seu público é formado por executivos que, certamente, não interagem tanto nessas redes.
De outro lado, se você atende na área de direito de família, gravar podcasts pode ser uma perda de tempo. Isso porque dúvidas sobre direito de família, geralmente, surgem apenas quando o problema já está presente na vida da pessoa. Por isso, é difícil imaginar alguém escutando sobre o assunto enquanto dirige ou faz atividade física. Talvez, blog posts bem posicionados no Google servirão melhor a esse público.
Em suma, a ideia aqui é, antes de sair produzindo conteúdo, separar um tempo para definir quais conteúdos têm mais chances de serem consumidos pelo seu público.
O que eu devo fazer depois de produzir os conteúdos jurídicos?
O mesmo cuidado acima deve haver após a produção do conteúdo jurídico.
É que, nesse momento, você precisará se preocupar com a distribuição do conteúdo. Afinal, não adianta nada produzir um conteúdo jurídico de qualidade se ele não é consumido.
Com isso em mente, depois da produção, você vai pesquisar quais são as principais formas de entrar em contato com o seu público.
Se por e-mail, por meio de pesquisas no google, pelo YouTube ou por uma rede social específica.
Voltando ao exemplo do escritório que atua para grandes empresas, é provável que seus clientes acessem o e-mail todo dia.
Assim, uma excelente forma de distribuição de conteúdo seria a criação de uma newsletter, para que, toda semana, o público alvo receba novos conteúdos jurídicos em sua caixa de entrada.
Assine a nossa newsletter, que você terá um ótimo modelo de como o conteúdo deve ser distribuído!
Organizando sua produção. Como manter a regularidade da produção do conteúdo jurídico?
Definidos os conteúdos a serem produzidos e os meios de distribuição dos mesmos, outro desafio surge para os advogados: como manter a frequência de produção e distribuição de conteúdo jurídico?
De fato, é algo bem desafiador para qualquer advogado ou escritório.
Afinal, mal conseguimos encontrar tempo para advogarmos nos processos e consultorias de nossos clientes.
Pensei em três diferentes formas para solucionar esse problema, sem detrimento de outras que você pode criar:
1) Equipe interna para produção do conteúdo jurídico
A forma mais comum de solucionar esse problema é destacando uma equipe interna para isso. Criando um setor que fique por conta da estratégia de marketing e produção de conteúdo jurídico.
Como dito, é uma solução bem comum, mas que costuma demandar maior investimento de tempo e dinheiro.
Seja por causa da perda de pessoas focadas na advocacia tradicional, seja por causa da contratação de novos membros.
Mas atenção, estude bem essa alternativa antes de criar a equipe interna. Muitas vezes, os escritórios definem como equipe interna apenas uma pessoa, para conduzir a estratégia de marketing e produzir conteúdos.
E o pior, na maioria dos casos, essa pessoa é o estagiário. O qual está aprendendo sobre direito e nunca trabalhou com marketing.
Não tente desgastar excessivamente o estagiário com essa incumbência. Tenha em mente que você precisará de pessoas experientes nessa nova equipe interna.
2) Mescla de tempo entre advocacia tradicional e produção de conteúdo jurídico
Uma outra alternativa é dividir o seu tempo e dos demais advogados entre a advocacia e a produção dos conteúdos.
É uma escolha que não exige tanto do seu bolso mas demanda disciplina e investimento de um tempo precioso. Apenas cuidado para que, ao exigir que todos façam tudo, a qualidade do trabalho não seja prejudicada.
3) Aumento da equipe do escritório sem novas contratações
Por fim, uma terceira alternativa é a contratação de freelancers para ajudar você e seu escritório.
Seja os profissionais especializados em marketing jurídico e produção de conteúdo, seja os advogados qualificados para realizarem prazos processuais com qualidade e agilidade. Liberando você e sua equipe para o marketing jurídico e a produção de conteúdo.
A ideia é aumentar o tamanho e o poder de trabalho do seu escritório, sem necessidade de contratar alguém fixo para isso. E, o melhor, com os melhores profissionais trabalhando para você.
E na Freelaw, há os dois tipos de profissionais citados acima.
Há advogados especializados em marketing jurídico, com conhecimento em design, em criação de sites jurídicos e em produção de conteúdos. E também há advogados especialistas em diferentes áreas do direito, com diferentes níveis de experiência.
Gostou do assunto? Ficou inspirado para começar uma estratégia de produção de conteúdo jurídico para o seu escritório? Deixe um comentário aqui embaixo para sabermos o seu ponto de vista!
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