A publicidade na advocacia, sobretudo a brasileira, é rodeada por muitas dúvidas, especialmente na relação captação de clientes OAB. Tudo isso ocorre em função das regras advertidas pelo Código de Ética e de Conduta da OAB, que acaba por vedar a utilização do marketing jurídico direto, o que não extingue a possibilidade de advogados e escritórios de advocacia conseguirem captar clientes por via do marketing jurídico indireto.
A captação de clientes geralmente é dito como um processo árduo, mas não precisa ser assim. Utilizando as ferramentas corretas, haverá bons resultados ao longo da jornada. Muitos advogados têm dúvidas quanto ao tema, mas preparamos esse artigo para que você fique por dentro de todas as regras do jogo para captação e fidelização de clientes. E aí, você sabe o que pode ou não ser feito seguindo as regras da OAB?
Qual é o posicionamento da OAB Nacional sobre a captação de clientes na advocacia por meio da internet?
A OAB Nacional não possui posicionamento concreto quanto ao tema, porém veda expressamente o marketing “de rua”, que se trata do uso de ferramentas como o outdoor, anúncios em TV e em transportes públicos. Porém, no âmbito tecnológico, a OAB tem se mostrado mais progressista, inclusive, está em andamento uma consulta pública sobre o marketing jurídico.
Assim, cabe aos escritórios e advogados investirem nas formas de atrair clientes via internet. Não é interessante apostar em conteúdos massificados ou do tipo propagandas, mas sim em uma proposta mais “amigável” para com o cliente, respondendo suas dúvidas e criando um vínculo, para que entenda que você é uma fonte confiável a quem ele deve acreditar e credibilizar.
Como o mercado internacional regula a captação de clientes na advocacia?
De maneira contrária ao cenário nacional, que progride nesse tema a passos comedidos, o âmbito internacional se mostra desinibido quanto a captação de clientes. Não é incomum vermos nos filmes e séries internacionais que falam sobre direito à livre propaganda da prestação de serviços jurídicos, mesmo que de forma caricata. Nesse sentido, a “comercialização” de serviços jurídicos é amplamente divulgada, não somente nos Estados Unidos, mas também em outros locais, como a Inglaterra.
Compreenda o perfil da advocacia Brasileira
No Brasil, na relação captação de clientes OAB, a Ordem entende que não deve haver essa ampla divulgação,
1º – porque acredita que conduziria aos nacionais a cometerem mais crimes e litigarem mais, pela facilidade de encontrar defensores para suas causas;
2º – porque entende que quanto mais for possível se fazer marketing jurídico sem limites, menos escritórios e advogados menores seriam contratados.
Então, resta a necessidade de o advogado se moldar frente às regras da OAB Nacional. Não sendo uma proposta para desacreditar do marketing e da captação real e efetiva de clientes, mas pensar fora da caixinha e encontrar novas soluções.
O posicionamento de diferentes seccionais da OAB sobre o Marketing Jurídico
A Ordem dos Advogados do Brasil não somente permite, como também possui um capítulo especial focado na publicidade dos serviços jurídicos, que foi regulamentado a partir do Provimento 94/2000. Porém, é interessante pontuarmos que cada seccional da OAB possui particularidades, sendo interessante que você procure qual o entendimento da seccional do seu estado.
A OAB-PE, por exemplo, admite o uso das redes sociais, entretanto, veda o uso de ferramentas que impulsione as publicações. O presidente do Tribunal de Ética e Disciplina da OAB pernambucana, Marcus Lins, assegura que “é vedado, em especial em nossa seccional de Pernambuco, impulsionar/patrocinar publicações nas redes social, com o uso de recursos financeiros para ganhar ainda mais projeção”.
Por outro lado, a OAB-MG não descreve sob este viés, mas dá dicas e alerta sobre a necessidade de os advogados e os escritórios de advocacia se atentarem às suas publicações nas redes sociais, pois é aconselhável evitar posts sobre a pessoa do advogado, devendo ser direcionado a manter o foco na advocacia. Além disso, é vedado o oferecimento de consultas grátis.
Quais são os principais argumentos contrários à aquisição de clientes na advocacia por meio da internet?
O principal argumento para sustentar essa narrativa já foi mencionado aqui. Seria a ideia de que, por poder haver essa ampla divulgação, quem tivesse mais dinheiro e influência faria mais negócio e, consequentemente, captaria cada vez mais clientes, não deixando oportunidades para os novos advogados.
Esse argumento faz sentido, mas pode ser contornado. Pois, como a Freelaw sempre discute, sair do óbvio, por vezes, conta mais que poder econômico, não existe apenas uma forma de fazer marketing, sobretudo se fosse somente o direto.
Quais são os principais argumentos favoráveis à aquisição de clientes por meio da internet?
A internet é quase universal e facilita as formas de se comunicar e até de comprar. Sendo assim, essa ferramenta, se utilizada de maneira correta, pode te fazer captar mais clientes, além de fidelizá-los e de credibilizar seu trabalho.
Por meio de uma rede social bem pensada e executada, existe um universo de possibilidades, sendo uma forma de ser conhecido e de apresentar o valor do seu trabalho e seu propósito.
Qual é a visão da Freelaw sobre a relação captação de clientes OAB?
A Freelaw acredita que a concorrência é benéfica para os advogados e escritórios, sobretudo os pequenos negócios. De acordo com Gabriel Magalhães, um dos nossos sócios-fundadores, “o marketing empodera os pequenos (advogados e escritórios) diante dos grandes”.
A possibilidade de a OAB ser mais branda quanto à publicidade abriria muitas portas para todos os advogados, desde os já consolidados, até aqueles que buscam essa consolidação. Isso porque seriam vistos cada vez mais, porém também é possível ser visto pelas redes sociais, como também é possível se fidelizar e captar clientes por meio delas.
São diversas as possibilidades, basta identificar quais estão mais ao seu alcance e propósito!
Com base nas regras do jogo atuais: o que fazer na advocacia de forma ética?
O marketing jurídico é uma possibilidade viável e rentável. Por isso, separamos para você a aula gratuita abaixo que te explica sobre isso e muito mais. Confira já e fique por dentro de tudo:
Produza conteúdos com caráter informativo e invista no inbound marketing
O fato é que, para não errar, invista em conteúdos de caráter informativo, isso estará te colocando e colocando seu trabalho em foco, mas sem quebrar as regras propostas pela OAB.
É importante você estudar e entender o posicionamento da sua seccional da OAB e, se for necessário, abra uma consulta, pergunte, informe-se, converse com outros advogados.
A Freelaw acredita e confia em você e no seu potencial!
Cuidado ao impulsionar conteúdos
Mesmo não sendo prática vedada por algumas seccionais, é importante se atentar quanto ao fator do impulsionamento das publicações. Lembre-se que é vedada a utilização de frases de efeito, como “análise jurídica grátis”. E é importante alimentar suas redes com conteúdos que informem e cative seu cliente.
O impulsionamento de publicações é o ato de pagar para determinada rede social colocar sua publicação como mais relevante. Mesmo tendo chance de êxito, você pode está violando uma regra da OAB e certamente será punido por isso, então se atente sempre a isso.
Para te ajudar a ganhar relevância de forma digital, nós criamos um mapa de conteúdos gratuitos que vai te ajudar a conquistar clientes na advocacia por meio da internet. Baixe agora o material, clicando aqui!
Agora chegou o momento de a gente conversar, você já teve dúvidas sobre os limites da publicidade para advogados? Deixe seu comentário aqui embaixo!
É interessante que você ajude a democratização do conhecimento, envie já esse artigo para seus colegas. Logo, é importante que eles também fiquem por dentro desse assunto. Nós da Freelaw acreditamos que o conhecimento é a base para tudo!
Se esse artigo te ajudou, você provavelmente vai gostar de ler mais sobre: