A AB2L é a associação que avalia e observa o ecossistema jurídico, formado pelas legaltechs e lawtechs no Brasil, promovendo e ampliando a possibilidade de debate, tudo isso porque reúne advogados com interesses em comum.
Não é mais novidade que o direito e a tecnologia estão cada vez mais unificados e a Associação Brasileira de Lawtechs e Legaltechs vem traçando um papel fundamental no caminho para a inovação do direito. De maneira funcional, a AB2L avalia e observa o ecossistema jurídico, formado pelas legaltechs e lawtechs.
Você sabia que o apoio da AB2L é essencial para que surjam cada vez mais empresas de tecnologias voltadas ao direito? Pois é, a AB2L também ajudou a gente a criar a Freelaw para você!
E aí? Você possui alguma dúvida sobre a AB2L? Neste artigo (que não é patrocinado) vamos te ajudar a entender mais sobre o assunto.
Quer saber um pouco mais sobre lawtechs e legaltechs? Confira já:
Como surgiu a AB2L e qual seu papel no mercado?
A AB2L começou em 2017, desde então se preocupa em revolucionar o sistema jurídico. A associação sistematiza o setor, promovendo e ampliando a possibilidade de debate, tudo isso porque reúne protagonistas do processo em volta dos seus principais interesses.
O papel da associação funciona para além do mero debate e se debruça, também, no que concerne a avaliar a atuação e o dimensionamento da evolução tecnológica das empresas, fazendo uma intersecção entre a discussão, a avaliação e o compartilhamento da visão e dos desafios enfrentados pelos novos modelos de negócios.
Portanto, o papel da Associação Brasileira de Lawtechs e Legaltechs é a criação e fortalecimento de uma comunidade que lida com os mesmo problemas, estabelecendo também, as soluções. No plano de ação, aposta justamente na comunidade e no ecossistema que possibilita a implantação das lawtechs, oferecendo espaço para a troca de informações entre os CEOs.
A importância da inovação e tecnologia para o ecossistema do direito
A globalização e o “boom” da internet trouxeram inovações para todos os ramos profissionais e o direito não ficou de fora. A busca constante por soluções inovadoras abarca também o mercado jurídico, é uma realidade que os escritórios buscam inovações como a jurimetria por exemplo.
É necessário que exista essa troca e essa procura, tanto dos escritórios advocatícios, quanto das empresas de tecnologia. Para saber mais sobre essa relação é só apertar o play no nosso podcast com Giovani Ravagnani, da Buser:
Com toda inovação e tecnologia direcionadas ao direito, é necessário sempre buscar e se apropriar dessas ferramentas auxiliadoras, procurando manter seu escritório sempre adaptado às mudanças. Pensando nisso, a AB2L propõe a aproximação entre as startups e os escritórios, com o ideário de estabelecer uma relação entre esses dois pólos.
Quais as categorias de lawtechs segundo a AB2L?
As lawtechs possuem vasta extensão, vão desde consultar decisões, até contagem de prazos, tudo isso para facilitar a vida do advogado e otimizar sua entrega de demandas, trazendo para o escritório uma maior eficiência.
De acordo com a AB2L as lawtechs atuam em algumas grandes áreas:
- Analytics e jurimetria: voltadas principalmente para as soluções, isso porque coletam dados jurídicos e direcionam os advogados acerca de como possivelmente os casos serão apreciados, tudo isso baseado em estatísticas;
- Regtech: soluções tecnológicas para resolução de problemas provocados pelo excesso de regulamentação;
- Taxtech: soluções para questões tributárias das empresas, visam facilitar a busca pelas soluções.
A partir da apresentação dessas três grandes atribuições, já fica claro que a AB2L vem justamente para facilitar ainda mais o acesso dos escritórios a resoluções eficientes e otimizadas.
Quais iniciativas existem?
A AB2L promove também algumas ações com o intuito de fornecer as melhores práticas e difundir as necessidade e a sensibilização na tecnologia, destacamos:
Realização de demodays
Nessa iniciativa, a AB2L promove eventos para que as lawtechs apresentem suas soluções para problemas jurídicos direcionadas a um público consumidor. É realizado um mapeamento dos principais desafios de um escritório ou departamento jurídico e as principais ferramentas auxiliares para resolvê-las.
AB2L Universidades
De maneira semelhante à anterior, a AB2L Universidade desenvolve painéis e atividades que englobam o âmbito jurídico e as novas tecnologias. O ponto chave dessa iniciativa, é justamente apresentar para os novos profissionais entendimentos acerca das transformações que ocorrem para além da academia, tratando sobre legal growth hacking, advocacia 4.0 e gestão eficiente, por exemplo.
AB2L Techlabs
Esta é mais uma ferramenta direcionada a jovens estudantes, trata-se de uma iniciativa da AB2L em consonância com a Faculdade Nacional de Direito. A proposta da FND-AB2L Tech Labs é possibilitar aos estudantes a teoria e a prática no há de novo no universo do direito tecnológico, com a oferta de cursos e produções acadêmicas.
AB2L Oportunidades
Foi criada com a essência de conectar os associados aos profissionais que buscam oportunidades de trabalho, possui ambiente e ecossistema equilibrado, pois faz a “ponte” do advogado com o escritório.
Grupos de trabalho
De forma semelhante, os grupos de trabalho tem o propósito de fazer com que os associados troquem conhecimento e networking, discutindo assuntos relevantes para a AB2L, como temas inovadores para a produção de conteúdo para alimentar o ecossistema.
AB2L Internacional
Em 2018, a AB2L realizou uma missão no Vale do Silício, além de eventos internacionais, como o Global Legal Hackathon, que inclusive foi o evento em que a Freelaw surgiu! Essas atividades no âmbito internacional foram desenvolvidas justamente para que os associados tivessem oportunidade de se anteciparem às tendências globais.
Como você pode fazer para se associar? E quais os benefícios?
Existem diversas formas de ingresso na AB2L, mas varia conforme o tipo de atividade que será desenvolvida, ou que se deseja acompanhar.
- Autônomo: pessoas com foco em participar de forma ativa da comunidade;
- Lawtechs/Legaltechs: com faturamento anual abaixo de 2 milhões;
- Lawtechs/Legaltechs: com faturamento anual acima de 2 milhões;
- Prestador de serviços: consultorias, auditorias e escritórios contábeis;
- Escritórios de advocacia: para os escritórios com foco em desenvolvimento de atividades coligadas com as inovações;
- Escritórios Full Service: escritórios que atuam em todos os tipos categóricos, com mais de 50 advogados e que já possuam filiais em, pelo menos, dois estados brasileiros.
Entrevista com Daniel Marques, presidente da AB2L
Nada melhor que conhecer a AB2L por quem mais entende sobre ela, por isso, separamos para você um episódio do nosso podcast completo com Daniel Marques, que é o presidente da associação:
Como é a estrutura interna da AB2L?
A Associação Brasileira de Lawtechs e Legaltechs tem a missão de criar um ecossistema de tecnologia e inovação na prática jurídica. Por sua vez, sua estrutura interna é formada por seus associados, que integram e alimentam essa comunidade.
Sendo assim, a AB2L se propõe a apoia o desenvolvimento de empresas que oferecem produtos ou serviços inovadores para lidar com problemas da área jurídica, conta ainda com iniciativas que fomentam o crescimento deste setor e estimular as melhores práticas profissionais, de modo a alcançar novas soluções para questões de diferentes áreas da sociedade.
Para além disso, a AB2L é extremamente comprometida com a democratização do conhecimento, a fim de ampliar o acesso à justiça.
Lawtechs e legaltechs são apenas startups?
As lawtechs e legaltechs são portas abertas para a inovação e tecnologia no direito. Elas ajudam todos os ramos possíveis e imagináveis, desde a otimizar uma pesquisa jurídica, até a contagem de prazos para protocolar a petição.
Sendo assim, elas não são somente startups; são o futuro da advocacia de forma geral, pois seu principal produto é justamente a inovação, inovação motivada a solucionar problemas de advogados, escritório e departamentos jurídicos.
Qual a importância da automação das tarefas nos escritórios jurídicos?
Sem dúvidas, a automação das tarefas jurídicas nos escritórios é sinônimo de eficiência. Por isso se torna tão importante, pois resta claro que quanto mais rápido e certeiro sejam suas respostas, mais eficiente e menos dispendioso seu trabalho se torna.
Como o mercado atual criou a necessidade do trabalho remoto?
Com a pandemia do coronavírus, tornou-se imprescindível que o trabalho remoto viesse à tona, pois sabemos que o jurídico não para. E não para justamente porque se trata sobre pessoas e as pessoas estão sempre em constante conflito de interesse.
Na realidade, o covid-19 apenas adiantou situações que iriam ocorrer mais cedo ou mais tarde. A troca de processos físicos por processos virtuais já era esperada, a possibilidade de haver audiências de forma remota, também. Essas e muitas outras mudanças já estavam previstas para serem a realidade, e comprovaram que sim, o futuro do direito é digital!
Qual o cenário do Brasil em lawtechs e legaltechs se comparado ao restante do mundo?
De acordo com a AB2L, o Brasil já conta com centenas de legaltechs e lawtechs, além de ser um dos mercados que mais crescem. Tudo indica que esses números estão apenas começando.
No cenário brasileiro, o desenvolvimento e criação desses segmentos se dão principalmente pelo desejo de que o setor jurídico se torne mais modernizado, mais célere e consequentemente, menos dispendioso. Outro fato, é que o Brasil é um imenso pólo de formação de novos bacharéis de direito, que pela competitividade do ramo, tendem a buscar para além do óbvio.
Robôs advogados: é possível sermos eliminados?
A resposta é, definitivamente, não! A humanização dos processos, é justamente o que faz as pessoas serem diferentes das máquinas. O advogado é peça chave para a resolução do conflito, porque somente ele pode entender e sentir o direito do seu cliente.
A tecnologia serve tão somente para auxiliar o trabalho dos advogados, não para invalidá-los ou substituí-los. Dessa forma, não se preocupe, seu trabalho está a salvo e, se tudo caminhar bem, será muito mais simples.
O mercado jurídico ainda é um bom mercado para atuar?
Sim, principalmente quando o assunto é sobre lawtechs e legaltechs, pois se trata de um mercado em expansão. E, como mencionado anteriormente, tende a permanecer crescendo por muito tempo.
Sendo assim, é sim um ótimo mercado para começar a atuar.
Agora é com você: você já conhecia a AB2L? Comente aqui embaixo para que a Freelaw possa te ajudar ainda mais!
Não deixe de compartilhar este artigo com seu grupo de amigos, advogados ou sócios-gestores que devem saber sobre esse tema, temos certeza que eles vão se interessar bastante pelos novos mecanismos para permanecer e para crescer no mercado.
Quer saber um pouco mais sobre tecnologias e inovações? Confira já o post sobre “Advocacia 4.0: manual completo do advogado do futuro”.
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